‘AGRO-TECH Campus’ de Oeiras, uma nova dimensão em investigação

INIAV, ITQB e iBET criam o consórcio 'AGRO-TECH Campus' de Oeiras dedicado às áreas agroalimentar, veterinário e florestal para estimular a investigação e oferecer tecnologias de ponta às indústrias nacionais e internacionais.

AGRO-TECH Campus de Oeiras
AGRO-TECH Campus de Oeiras. Foto: © DR

O ‘AGRO-TECH Campus’ de Oeiras integra mais de 1.000 investigadores dedicados inteiramente ao aumento da competitividade nacional e à capacidade exportadora das empresas portuguesas.

As três instituições dos setores agroalimentar, veterinária e florestal têm vindo a desempenhar um papel de grande relevância a nível nacional e internacional nos domínios da investigação científica e no desenvolvimento e utilização de tecnologia.

O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), uniram-se com o objetivo de dar outra dimensão à sua intervenção em investigação.

O novo consórcio, ‘AGRO-TECH Campus’, refere em comunicado, que “pretende estimular a investigação e inovação alicerçada em estruturas tecnológicas no domínio agroflorestal, avaliar a utilização farmacológica e nutracêutica de moléculas de origem vegetal”.

Para o consórcio a nova estrutura vai “incentivar a investigação sobre doenças emergentes nos animais, de risco para a saúde humana, promover o estudo sobre a produção de recursos renováveis e a sua conversão em alimentação humana e animal, desenvolver vacinas e kits de diagnóstico para as áreas da saúde animal, segurança alimentar e sanidade vegetal, e, apoiar a formação especializada de técnicos e investigadores, nomeadamente em agrobiotecnologia, agroindústria e floresta”.

O ‘AGRO-TECH Campus’ é considerado um ecossistema de investigação e inovação que irá funcionar em Oeiras, onde “há mais de 50 anos se faz investigação de ponta e se cria inovação reconhecida internacionalmente”. Oeiras possui “a maior percentagem de doutorados a nível nacional”.

Nuno Canada, Presidente do INIAV, citado em comunicado, refere que “o ‘AGRO-TECH Campus’ de Oeiras vai estar fortemente orientado para as empresas portuguesas, em particular para aquelas com maior incorporação de tecnologia e potencial exportador. Será também um ecossistema atrativo para empresas multinacionais”.

“Contribuirá igualmente para a formação e fixação de recursos humanos altamente qualificados, em particular jovens doutorados nos domínios relacionados com o agroalimentar, florestal e áreas conexas”, acrescentou ainda Nuno Canada.

Para o Presidente do INIAV, o ‘AGRO-TECH Campus’ vai “colmatar a falta de massa crítica e de escala” nos domínios de especialização de cada uma das entidades envolvidas, passando a ter “um peso muito maior do que quando trabalhavam de forma isolada”.

A partir de agora, Laboratórios Nacionais de Referência, investigação fundamental, Investigação aplicada e transferência de conhecimento para a economia nos setores agroalimentar, veterinário e florestal, passam a poder interagir de forma mais fácil.

Cláudio Soares, Diretor do ITQB NOVA, enquanto entidade que representa a Universidade Nova de Lisboa no consórcio, refere que “o objetivo é o de oficializar parcerias, pela proximidade geográfica e interesses científicos”.

“O ITQB NOVA é o parceiro assente na formação avançada, com vários programas de mestrados e doutoramentos a decorrer. Atribuímos mais de 40 doutoramentos anualmente, contribuindo para a formação de recursos humanos especializados nas áreas científicas de interesse do consórcio”, acrescentou Cláudio Soares.

Para Manuel Carrondo, Vice-Presidente do IBET, a participação do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica no consórcio é de grande importância “pelo papel que desempenha na interface com as empresas nacionais e internacionais”.

Outras das mais-valias do IBET no consórcio, defendidas por Manuel Carrondo, é o facto da “acreditação perante o INFARMED da sua spin-off ‘GenIBET’ que produz biofármacos para ensaios clínicos de fase I e II, e da sua Unidade de Serviços Analíticos, acreditada por ambos, INFARMED e DGAV, para o controle de qualidade e libertação de lotes clínicos para uso humano e veterinário”.