Concertos com maestro alemão Peter Rundel e o Ensemble Orquestral da Beira Interior na Covilhã e Fundão

No Auditório do Conservatório de Música da Covilhã, dia 13 de dezembro, e na Igreja Matriz do Fundão, dia 14. Beyra Laboratório Artístico encerra 2025 com concertos com maestro alemão Peter Rundel e obras de Debussy, Mozart e Wagner. A entrada é livre.

Concertos com maestro alemão Peter Rundel e o Ensemble Orquestral da Beira Interior na Covilhã e Fundão
Concertos com maestro alemão Peter Rundel e o Ensemble Orquestral da Beira Interior na Covilhã e Fundão. Foto: DR

O BEYRA Laboratório Artístico – Ensemble Orquestral da Beira Interior apresenta-se com o reputado maestro alemão Peter Rundel para dois concertos especiais na Covilhã e no Fundão, nos dias 13 e 14 de dezembro de 2025, oferecendo ao público uma viagem fascinante pela história e pela modernidade musical. Esta residência artística de Inverno conta ainda com a colaboração do Cecília Quartet que integra quatro jovens músicos do BEYRA. No dia 13 de dezembro de 2025 o concerto acontece às 18h00 no Auditório do Conservatório de Música da Covilhã. No dia 14 será a vez da Igreja Matriz do Fundão, às 17h00.

O Quarteto “Dissonâncias” de Mozart, que apenas se irá poder ouvir no Fundão, destaca-se pelo seu Adagio inicial, onde tensões harmónicas ousadas criam um território inesperado dentro da linguagem clássica, desenvolvendo-se com clareza e vitalidade e revelando o equilíbrio entre inovação e elegância que distingue esta obra-prima.

De Debussy são apresentadas duas obras emblemáticas: o Prélude à l’après-midi d’un faune, numa versão camerística que preserva o seu clima etéreo e sugestivo — uma verdadeira paisagem de luz difusa que transforma a percepção de cor e fluidez na música —, e Jeux, na versão do próprio maestro Peter Rundel, marcada por gestos fragmentados, metamorfoses tímbricas e uma constante reinvenção do movimento, revelando o compositor no auge da sua audácia.

A programação inclui ainda a versão para ensemble de Reinbert de Leeuw do Prelúdio e Morte de Isolda, de Wagner, que irá poder ser escutada apenas no concerto na Covilhã, condensando a intensidade emocional e o brilho harmónico num formato de câmara que potencia a sua força expressiva.

Este conjunto de obras evidencia a capacidade da música de reinventar continuamente cores, tensões e sensações, oferecendo ao público da Covilhã e do Fundão uma experiência única e envolvente.

O BEYRA Laboratório Artístico, organizado pela Artway, é um projeto dedicado ao apoio e à promoção de jovens músicos emergentes, oferecendo-lhes um espaço para experimentação, crescimento e apresentação artística. O objetivo é criar oportunidades concretas, profissionais para que novos talentos possam desenvolver as suas carreiras num ambiente inspirador e de excelência.

Concertos

13 dezembro | 18h00

Auditório do Conservatório de Música da Covilhã

Programa

  • Claude Debussy
  • Prélude à l’après-midi d’un Faune (Prelúdio à sesta de um Fauno)
  • Peter Rundel/ Claude Debussy
  • Jeux
  • Reinbert de Leeuw / Richard Wagner
  • Vorspiel und Isolden’s Liebestod for Ensemble (Prelúdio e Morte de Isolda para ensemble)

Sinopse

O concerto propõe um percurso pela modernidade musical através de três obras que redefiniram a linguagem orquestral. Abre com o Prélude à l’après-midi d’un faune, de Debussy, poema sonoro que inaugura um novo mundo de cor, ambiguidade e sensualidade. Segue-se Jeux, também de Debussy, apresentado na versão de Peter Rundel, onde o movimento fragmentado, as metamorfoses tímbricas e a fluidez rítmica revelam o compositor no auge da sua audácia. O programa culmina com a versão para ensemble de Reinbert de Leeuw do Prelúdio e Morte de Isolda, de Wagner, condensando a intensidade emocional e o brilho harmónico num formato de câmara que potencia a sua força expressiva.

Ficha artística

  • PETER RUNDEL direção
  • ENSEMBLE ORQUESTRAL DA BEIRA INTERIOR: Marta Vilaça flauta | Sofia Rosa oboé | Rui Soares clarinete | Aurora Oliveira fagote | Carolina Silva trompa | Sérgio Gladkyy acordeão | Rodrigo Allen percussão | Afonso Primo percussão | Maria Catarino piano/ celesta | Pedro Rebelo violino 1º/2º | Margarida Campos Violino 2º/1º | Djonathan Silva viola | Beatriz Machado violoncelo | Gil Morais contrabaixo

14 dezembro | 17h00

Igreja Matriz do Fundão

Programa

  • Wolfgang Amadeus Mozart: Quarteto nº 19 em Dó Maior, K. 465, “Dissonâncias”
  • I – Adagio – Allegro
  • II – Andante cantabile
  • III – Menuetto
  • IV – Allegro molto
  • Claude Debussy: Prélude à l’après-midi d’un Faune
  • Peter Rundel/ Claude Debussy: Jeux

Sinopse

O concerto abre com o Quarteto “Dissonâncias” de Mozart, célebre pelo seu Adagio inicial, onde tensões harmónicas ousadas criam um território inesperado dentro da linguagem clássica. A partir daí, a escrita desenvolve-se com clareza e vitalidade, revelando o equilíbrio entre inovação e elegância que distingue esta obra.

No centro do programa surge o Prélude à l’après-midi d’un faune, de Debussy, apresentado numa versão camerística que preserva o seu clima etéreo, langoroso e sugestivo — uma paisagem de luz difusa que redefine a noção de cor e de fluidez na música.

O concerto termina com Jeux, de Debussy, numa versão do próprio maestro Peter Rundel — uma peça marcada por gestos fragmentados, metamorfoses tímbricas e uma constante reinvenção do movimento.

Ficha artística

  • PETER RUNDEL direção
  • ENSEMBLE ORQUESTRAL DA BEIRA INTERIOR: Marta Vilaça flauta | Sofia Rosa oboé | Rui Soares clarinete | Aurora Oliveira fagote | Carolina Silva trompa | Sérgio Gladkyy acordeão | Rodrigo Allen percussão | Afonso Primo percussão | Maria Catarino piano/ celesta | Pedro Rebelo violino 1º/2º | Margarida Campos Violino 2º/1º | Djonathan Silva viola | Beatriz Machado violoncelo | Gil Morais contrabaixo
  • CECÍLIA QUARTET: Maxence Mouriès violino | Margarida Campos violino | Alice Peixinho viola | Bernardo Ferreira violoncelo