Arte nos 200 anos da Royal Astronomical Society

Recorrendo a software gráfico e a imagens e sons da NASA, Lloyd-Jones e Ant Dickinson criaram uma instalação sensorial de luz, cor, ótica e som inspirada na astronomia para comemorar os 200 anos da Royal Astronomical Society.

Jessica Lloyd-Jones na instalação 'Particles'
Jessica Lloyd-Jones na instalação 'Particles' Foto: de Andrew Gale

Uma interpretação criativa do mundo da astronomia, num ambiente imersivo onde o visitante sentia o ecoar e a beleza sublime do cosmos, foi uma das grandes atrações do festival Urdd Eisteddfod em Flint, em Inglaterra.

A instalação sensorial de luz, cor, ótica e som inspirada na astronomia criada pelos artistas Jessica Lloyd-Jones e Ant Dickinson teve como primeiro objetivo comemorar os 200 anos da Royal Astronomical Society.

A projeção de vídeo cobrindo o teto e as paredes, bem como um planetário, mas com um grande espelho no centro da sala onde todo o ambiente era nele refletido, criaram uma experiência verdadeiramente mágica.

Uma animação em movimento vista de dentro da profundidade ótica do espelho é ilusória, é como se pudesse tocar-lhe. Os artistas quiseram transmitir o conceito de ser sugado para um buraco negro ou para o centro do universo.

Com recurso a software gráfico, os artistas criam o efeito de explosões de partículas deslocando-se numa espiral em torno do espaço da exposição. As partículas movem-se e reúnem-se novamente em colisões, como as estrelas ou a poeira interestelar.

Jessica Lloyd-Jones na instalação 'Particles'
Jessica Lloyd-Jones na instalação ‘Particles’. Foto: de Andrew Gale

Imagens do Sol da NASA (Agência Espacial Norte Americana) deram um brilho quente ao espaço, juntamente com um ambiente sonoro composto por gravações de som captado pela NASA, e os efeitos visuais fascinantes, especialmente quando combinados com as cores subtis inspiradas na aurora, galáxias e nebulosas planetárias.

A artista Jessica Lloyd-Jones disse: “Nós queríamos criar um ambiente que é hipnótico e meditativo; incentivar o espectador a contemplar a vida e a existência ou simplesmente ser imerso dentro do que vêem e ouvem, e sentir-se separado do mundo como nós o mais comummente o conhecemos”

O Eleri Pryse, físico e professor da Aberystwyth University, comentou: “Foi um prazer discutir as maravilhas da aurora, do sol e do espaço com Jessica e depois ver interpretação artística da astronomia, onde os artistas conseguiram captar a atenção das pessoas de todas as origens e idades”.

“É fantástico ver jovens a interagir com uma instalação de arte que lhes dá uma nova experiência e um nova perceção da ciência”, disse Steffan Prys, coordenador do Urdd Eisteddfod.