“A Paz Perpétua” no Teatro-Cine de Torres Vedras

Com representação do Teatro Estúdio Fontenova, a peça “A Paz Perpétua” sobe ao palco do Teatro-Cine de Torres Vedras, dia 11 de fevereiro de 2022. Uma obra de Juan Mayorga, que remete para uma reflexão sobre o poder e a sociedade.

O Teatro Estúdio Fontenova representa no próximo dia 11 de fevereiro, pelas 21h30, no Teatro-Cine de Torres Vedras, a obra “A Paz Perpétua”, de Juan Mayorga.

Em “A Paz Perpétua” do autor espanhol, Juan Mayorga, oferece uma metáfora à ameaça terrorista global, em que três cães competem por um lugar num corpo de elite de combate antiterrorista. Com um humor, por vezes negro, mas de um requinte de quem explora mais as suas dúvidas do que certezas, Mayorga dá às personagens a forma de animais, de modo a poder explorar ideias e conceitos que de tão brutais seriam inconcebíveis sair da boca de um ser humano, o que permite alargar a fronteira catártica da sua metáfora.

“A Paz Perpétua” remete para a Banalidade do Mal, trabalho de Hannah Arendt em que esta filósofa política alemã defende que em resultado da massificação da sociedade se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque se aceita e se cumpre ordens sem questionar, pelo que, segundo Arendt, a Paz se constrói na falta de moralidade.

Referindo-se o próprio título da obra de Mayorga ao ensaio filosófico de Kant que reflete a eterna questão “será que os fins justificam todos os meios?”, “A Paz Perpétua” deixa a premissa de uma reflexão demasiado atual: onde é que as medidas de segurança acabam e onde é que começa o terrorismo?

O preço dos bilhetes para se assistir ao espetáculo de teatro “A Paz Perpétua” no Teatro-Cine de Torres Vedras é de cinco euros.

Ficha Técnica

  • Texto: Juan Mayorga
  • Tradução: Luísa Monteiro
  • Encenação: José Maria Dias
  • Assistência de encenação: Graziela Dias
  • Interpretação: Carlos Pereira, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, Patrícia Paixão e Sara Túbio Costa
  • Apoio à fisicalidade: Ricardo Gaete
  • Coreografia e cenas de luta: Carlos Pereira e Rosa Dias
  • Cenografia: José Manuel Castanheira
  • Figurinos: Lucília Telmo
  • Sonoplastia: Emídio Buchinho
  • Temas: The Beyond, Game Over, Corrupt By Design, Violence Machine e Unto the Frost, por Jacob Lizotte
  • Imagem e design de comunicação: Flávia Rodrigues Piątkiewicz
  • Vídeo: Leonardo Silva
  • Fotografia: Helena Tomás e Leonardo Silva
  • Operação de luz e som: Tomás Anjos Barão
  • Produção executiva e comunicação: Graziela Dias e Patrícia Paixão
  • Agradecimento: Sara Batista
  • Estrutura financiada por: República Portuguesa – Direção Geral das Artes e Município de Setúbal