As redes Wi-Fi públicas não são uma escolha segura

As redes Wi-Fi ligam mais de 30 mil milhões de dispositivos em todo o mundo e os cibercriminosos utilizam esta plataforma para aumentar o alcance dos ciberataques. Para assinalar o Dia Mundial do Wi-Fi o alerta vem com conselhos para uma melhor cibersegurança nas redes Wi-Fi.

As redes Wi-Fi públicas não são uma escolha segura
As redes Wi-Fi públicas não são uma escolha segura

Em Portugal, uma organização está a ser atacada, em média, 1070 vezes por semana nos últimos 6 meses. Estes ataques que se dão a partir de redes Wi-Fi comprometem toda a segurança dos dados e das aplicações das empresas. O alerta é da empresa especializada em soluções de cibersegurança, Check Point Software Technologies, que lembra para a importância de se utilizar redes sem fios seguras, que oferecem conetividade móvel a mais de 30 mil milhões de dispositivos.

O alerta que assinala o Dia Mundial do Wi-Fi, que se celebra a 20 de junho, chama a atenção de que os cibercriminosos utilizam a plataforma Wi-Fi como uma das suas principais ferramentas para as suas atividades maliciosas, com um repertório crescente e cada vez mais sofisticado.

A Check Point Software enumera alguns dos seus melhores conselhos para navegar na Internet de forma segura:

  • Não conectar a uma rede Wi-Fi desconhecida: é comum os cibercriminosos utilizarem os destinos de férias para criarem redes sem fios falsas, fazendo-se passar por empresas, criando assim um isco para obterem acesso aos dispositivos das suas vítimas. Mesmo as redes legítimas oferecidas por hotéis ou restaurantes carecem frequentemente de sistemas de segurança. Em geral, é melhor evitar utilizar este tipo de rede pública e, se for necessário, nunca utilizar aplicações ou sítios Web onde seja necessário introduzir dados sensíveis, como dados bancários ou palavras-passe importantes.
  • Limitar a navegação a páginas seguras: atualmente, os próprios navegadores têm um sistema incorporado para nos alertar quando tentamos aceder a sítios Web sem certificados HTTPS, mas não são uma garantia total. Uma boa prática é verificar os URLs completos dos sites, evitando domínios ilegítimos criados por cibercriminosos.
  • Ser cauteloso: quando estamos a utilizar o que consideramos uma rede segura, temos tendência a agir de forma mais descontraída, ficando mais vulneráveis às armadilhas dos atacantes. Um dos princípios básicos da cibersegurança consiste em estar sempre alerta, pensar antes de agir e evitar cliques ou introduções de dados impulsivos.
  • Cuidado com e-mails e mensagens suspeitas: uma das práticas mais comuns dos cibercriminosos é o phishing, ou seja, a usurpação de identidade para se apoderarem de dados sensíveis, como as palavras-passe. Por conseguinte, é essencial não clicar em ligações presentes em mensagens de correio eletrónico desconhecidas e não descarregar quaisquer ficheiros.
  • Utilizar palavras-passe únicas e fortes: utilizar a mesma palavra-passe para tudo, ou confiar em credenciais como “123456”, “password” ou “Junho2023” é tornar as coisas demasiado fáceis para os cibercriminosos. Para nos mantermos seguros, precisamos de palavras-passe com pelo menos 12 caracteres, geradas pela combinação de letras, números, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas. Se não estivermos inspirados ou tivermos dificuldade em lembrarmo-nos delas, atualmente temos plataformas que nos ajudam a gerá-las e até a guardá-las de forma segura.
  • Ativar a autenticação de dois fatores: se a nossa palavra-passe for comprometida, as nossas contas ficam completamente desprotegidas. No entanto, a simples ativação desta funcionalidade cria uma camada adicional de segurança para proteger as nossas contas e dissuadir os cibercriminosos, acrescentando um passo de confirmação exigido pelo utilizador antes da autorização e do acesso à conta associada.
  • Manter os dispositivos atualizados e protegidos: como os cibercriminosos se dedicam sobretudo a encontrar novas formas de cometer os seus delitos, uma forma simples e eficaz de evitar vulnerabilidades consiste em aplicar correções a falhas de segurança já detetadas, o que podemos fazer simplesmente atualizando regularmente os nossos dispositivos e aplicações.

“As redes sem fios são uma parte essencial da sociedade digital atual, sendo a principal capacidade responsável por nos manter ligados”, partilha Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal.

“Associadas a locais de confiança, como a nossa casa ou o nosso trabalho, temos muitas vezes tendência para baixar a guarda quando nos ligamos e navegamos em redes Wi-Fi públicas. É imperativo manter as medidas de cibersegurança e os sentidos alerta para evitar qualquer tipo de risco e para que os utilizadores possam navegar nas redes de uma forma mais segura”, concluiu Rui Duro.