Aumentar produção de vacinas Covid-19 é prioridade para a União Europeia

Ursula von der Leyen considera que a prioridade é aumentar produção de vacinas contra a COVID-19, em vez da libertação de patentes. 70% da população adulta europeia vacinada até julho e certificado digital para viagem operacional em junho.

Aumentar produção de vacinas Covid-19 é prioridade para a União Europeia
Aumentar produção de vacinas Covid-19 é prioridade para a União Europeia- Ursula von der Leyen. Foto: © União Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje no Porto, que já foram entregues mais de 200 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 aos Estados-Membros e que se está no caminho certo para ser atingido o objetivo de administrar doses suficientes em julho para vacinar 70% da população adulta europeia.

Até agora quase 160 milhões de europeus já receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19, o que é mais de 25% da população da União Europeia.

Todo mundo está a pensar no verão, disse Ursula von der Leyen e acrescentou: Entendo o quanto isso é importante. É importante que as pessoas planeiem as suas férias com antecedência. É tão importante para os trabalhadores do turismo, da hotelaria ou do setor de transportes que desejam voltar a trabalhar, e para as empresas, é claro, dos setores que esperam iniciar sua recuperação. Para conseguir isso, a vacinação é de facto o parâmetro-chave”.

Certificado digital de vacinação

É importante permitir as viagens dentro e para a União Europeia, indicou a presidente da Comissão, e esclareceu: “O trabalho jurídico e técnico sobre o certificado de viagem da UE, o certificado de vacinação, está em andamento para que o sistema esteja operacional em junho”.

Devido ao “trabalho realizado pela Presidência portuguesa no Conselho, bem como à celeridade do Parlamento em se pronunciar, podemos realisticamente aspirar a um acordo político até ao final deste mês. E isso permitiria que o sistema fosse implementado e as pessoas levassem consigo provas não falsificáveis ​​de que foram vacinadas, ou que têm um teste negativo mutuamente reconhecido, ou que superaram a COVID-19 e que têm anticorpos”.

Mais 1,8 milhões de doses de vacina

Ursula von der Leyen lembrou que foram concluídas negociações com a BioNTech-Pfizer de um novo contrato para os anos 2022 e 2023 que garante 1,8 mil milhões de doses de vacina. Uma quantidade importante dado que “mais cedo ou mais tarde, crianças e os adolescentes serão vacinados. Para isso, temos que nos preparar”, em “segundo lugar, há a questão de quanto tempo dura a imunidade com as duas primeiras doses da vacina”, e o mais importante é a questão das variantes do coronavírus e que são chamadas “variantes de preocupação”.

Suspensão de patentes

Sobre uma suspensão temporária dos direitos de propriedade intelectual da vacina, Ursula von der Leyen disse o assunto é muito importante, e que “devemos estar abertos a essa discussão”, mas devemos “examinar atentamente o papel do licenciamento”. Temas a discutir a longo prazo. “Não é um assunto de curto ou médio prazo”, e portanto, “não devemos perder de vista agora as principais urgências”, que são o aumento mais rápido da produção de vacinas e garantir “que as vacinas sejam distribuídas de maneira justa e uniforme”.

Há três aspetos que devem ser abordados com uma discussão sobre libertação de patentes lembrou a Presidente da Comissão, “e isso é antes de tudo a exportação. A União Europeia é a farmácia do mundo e está aberta ao mundo. Até hoje, na União Europeia, foram produzidas 400 milhões de doses de vacinas. E 50% delas, ou 200 milhões de doses, foram exportadas para 90 diferentes países do mundo”.