Bombeiros e Agentes de Proteção Civil contestam posição do Presidente do INEM sobre descentralização do CODU

Bombeiros e Agentes de Proteção Civil contestam posição do Presidente do INEM sobre descentralização do CODU
Bombeiros e Agentes de Proteção Civil contestam posição do Presidente do INEM sobre descentralização do CODU. Foto: Rosa Pinto

A Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil – Fênix, manifestou a oposição a uma proposta recentemente apresentada pelo Presidente do INEM sobre uma eventual descentralização do serviço do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Para a Associação a proposta apresentada pelo Presidente do INEM e divulgada em artigo pela Lusa, que levaria à criação de vários “mini-CODU” com “dois ou três operacionais”, levanta sérias preocupações.

A Associação considera que se trata “numa tentativa, aparentemente apressada, de introduzir mudanças no modelo de funcionamento das centrais médicas” que leva o Presidente do INEM a propor “uma medida que coloca em causa os princípios fundamentais que regem o CODU, uma estrutura que integra o atendimento, aconselhamento, despacho e acompanhamento médico de emergência, 24 horas por dia”. Questionando a Associação: “Onde estará o médico regulador, que tem que estar em permanência e presencialmente no CODU?”

“A proposta em questão desvirtua por completo o modelo técnico e clínico que tem sustentado a qualidade e eficácia do CODU ao longo de quase quatro décadas, sendo considerada pelos profissionais da área como profundamente desajustada, tecnicamente insustentável e operacionalmente perigosa”, alerta a Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil.

Quando o CODU celebra 38 anos a Associação recomenda que o Presidente do INEM faça uma “urgente reflexão sobre as consequências das suas decisões e, sobretudo, que considere seriamente a apresentação da sua demissão, por respeito à história da instituição, às equipas multidisciplinares que a mantêm em funcionamento e às vidas que todos os dias dependem da sua atuação.”

Mais, para os Bombeiros e Agentes de Proteção Civil, “o momento exige responsabilidade, competência e visão estratégica – não decisões impulsivas que colocam em risco a confiança num dos pilares do Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal.”