Cancro da bexiga: ‘Faça como quiser mas não feche os olhos’

Todos os anos são diagnosticados em Portugal 1.800 novos casos de cancro da bexiga. Para alertar para a doença a Sociedade Portuguesa de Oncologia desenvolve, no mês de maio, a campanha ‘Faça como quiser mas não feche os olhos’.

Lisboa
Lisboa. Foto: Rosa Pinto

O cancro da bexiga é um dos 10 tipos de cancro mais comuns em todo o mundo, e em Portugal estima-se que anualmente sejam diagnosticados 1.800 novos casos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, o cancro da bexiga leva à morte, todos os anos, 165 mil pessoas.

Em face da situação a Sociedade Portuguesa de Oncologia desenvolve, durante o mês de maio, ‘Mês de Sensibilização para o Cancro da Bexiga’, uma campanha sobre a doença, e um alerta com recurso a um filme animado.

A campanha com o mote ‘Faça como quiser, mas não feche os olhos’ conta com a participação do ator Diogo Infante, que dá voz ao projeto. “O filme deixa várias mensagens de alerta, sobretudo dirigidas aos homens, as maiores vítimas deste tipo de tumor maligno, e são cerca de 80% dos casos.”

A Sociedade Portuguesa de Oncologia indica que “é sobretudo entre o sexo masculino, e nos homens com idade superior a 65 anos, que se conta o maior número de casos. De facto, os homens têm uma probabilidade duas a três vezes maior de sofrer desta doença, do que as mulheres.”

Os sinais de alerta mais correntes que devem levar a uma consulta médica são:

A existência de sangue na urina;

Dores abdominais,

Dor durante a micção ou irritação na bexiga

Um estudo recente, que envolveu cerca de 10 mil participantes de seis países diferentes, revela que quase um em cada dez adultos nunca ouviu falar da doença, e 62% dos participantes indicaram não saber identificar os sintomas.

O estudo indica ainda que dos participantes que tiveram sinais de alarme, 52% decidiram aguardar que os sintomas desaparecessem e não consultaram um médico.

A campanha visa, combatendo o preconceito, quebrar a barreira e falar do cancro da bexiga. A Doença existe e rouba permanentemente vidas, por isso o melhor, indica a Sociedade Portuguesa de Oncologia, é “não fechar os olhos”.