Cancro do Pulmão: Terapêuticas inovadoras podem duplicar taxa de sobrevivência

Cancro do pulmão ocupa, em Portugal, o quarto lugar dos cancros com maior incidência. Com uma taxa atual de sobrevivência de 15% a 18% a cinco anos. Especialistas prevêem que taxa de sobrevivência duplique em cinco anos.

Cancro do Pulmão: Terapêuticas inovadoras podem duplicar taxa de sobrevivência
Cancro do Pulmão: Terapêuticas inovadoras podem duplicar taxa de sobrevivência. Foto: © DR

Em Portugal registam-se cerca de 4 mil novos casos por ano de cancro do pulmão, situando-se no 4º cancro com mais incidência, logo a seguir do cancro da mama, próstata e colorretal.

Nos últimos anos tem-se assistido a uma grande evolução no tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas, alcançando-se uma maior sobrevivência com um menor impacto na qualidade de vida dos doentes.

Os especialistas prevêem que com o recurso a novas terapêuticas a taxa de sobrevivência dos doentes com cancro do pulmão possa duplicar nos próximos cinco anos, mantendo a qualidade de vida.

Para debater as novas terapêuticas no cancro do pulmão reúnem-se em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, em 28 de janeiro, mais de 100 especialistas nacionais e internacionais no ‘Inspired Evolution’ – Novas Terapêuticas no Carcinoma do Pulmão, uma iniciativa da farmacêutica Roche.

O esforço feito em investigação na procura de soluções terapêuticas inovadoras, personalizadas ao tipo de cancro do pulmão, levou nos últimos anos a “uma grande evolução no tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas, alcançando-se uma maior sobrevivência com um menor impacto na qualidade de vida dos doentes”.

“As terapêuticas-alvo dirigidas a moléculas mutadas nas células cancerígenas e a imunoterapia através da qual o sistema imunitário é estimulado”, têm apresentado maior eficácia na deteção e destruição das células neoplásicas.

Para Fernando Barata, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, “estas novas terapêuticas são realmente uma viragem no tratamento desta doença, cuja taxa de sobrevivência a cinco anos se situa apenas nos 15% a 18%”.

O especialista acrescentou ainda, citado em comunicado, que “para tal contribui o facto, do cancro do pulmão ser muitas vezes um cancro assintomático e os doentes chegarem aos especialistas já em estádio avançado e com metástases”.