Cancro nas crianças – medidas aprovadas são decisivas

Cancro nas crianças é muitas vezes esquecido em Portugal, pelo que as medidas regulamentares que têm ultimamente sido aprovadas desempenham um papel decisivo. O debate é promovido pela Fundação Rui Osório de Castro.

Cancro nas crianças - medidas aprovadas são decisivas
Cancro nas crianças - medidas aprovadas são decisivas. Foto: DR

A Fundação Rui Osório de Castro assinala o Dia Internacional da Criança com Cancro, 15 de fevereiro, com uma mensagem positiva acerca do progresso a nível legislativo na área da oncologia pediátrica em Portugal.

Todos os anos, cerca de 400 crianças e jovens portugueses são diagnosticados com cancro, e desta forma, 400 famílias são confrontadas com esta realidade, lembra a Fundação Rui Osório de Castro, em comunicado.

Apesar dos grandes progressos a nível do diagnóstico e tratamento, a doença oncológica continua a ser a primeira causa de morte não acidental na população infantojuvenil, mas Cristina Potier, diretora-geral da Fundação, lembrou que “por representar apenas 1% do total de casos registados da doença oncológica nacional, o cancro pediátrico é muitas vezes esquecido.”

Para debater alguns dos temas relacionados com a Oncologia Pediátrica, a Fundação Rui Osório de Castro organiza no dia 24 de fevereiro, sábado, o 4º Seminário e Oncologia Pediátrica no Hospital Pediátrico de Coimbra.

Cristina Potier lembrou ainda: “Em 2017 notou-se uma preocupação acrescida com o tema, estando presente por diversas vezes nos debates da Assembleia da República, o que representa esperança para todos os que trabalham nesta área”. Nas medidas discutidas esteve “o Decreto-Lei 53/2017 que cria e regula o registo oncológico nacional, onde se inclui o pediátrico. A aplicação desta norma permite-nos obter dados atempados e com qualidade do que é a realidade da oncologia pediátrica em Portugal.”

Mas para além do decreto-lei, a responsável pela Fundação lembra que “foram também publicadas várias resoluções da Assembleia da República – 22 a 26/2018 – que resultam de recomendações ao governo para tomada de medidas regulamentares na área da oncologia pediátrica. Estas visam cuidados prestados na área e também, através de apoios diversos, facilitar esta fase da vida destas crianças e das suas famílias. Acreditamos que este ano estas medidas vão ser colocadas em prática!”.

A participação no 4º Seminário e Oncologia Pediátrica no Hospital Pediátrico de Coimbra é gratuita, mas a sua inscrição é obrigatória, podendo ser feita através aqui.