União Europeia e África do Sul acabam de realizar uma cimeira, depois sete anos de intervalo e após muitas mudanças geopolíticas, e como afirmou o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, “o mundo mudou significativamente desde nossa última reunião. Enfrentamos uma pandemia global e conflitos devastadores”, onde incluiu a guerra “da Rússia contra a Ucrânia, a crise no Oriente Médio e conflitos dramáticos no continente africano.”
Assim, “nestes tempos turbulentos, parcerias confiáveis são mais importantes do que nunca. A União Europeia (UE) é, e continuará a ser, uma parceira forte, confiável e previsível para a África do Sul”, afirmou António Costa.
O Presidente do Conselho Europeu esclareceu que “as discussões de hoje (13 de março de 2025) reafirmaram a força e a profundidade da nossa parceria duradoura e estratégica, construída com base em valores compartilhados, respeito mútuo e compromisso com a democracia, o multilateralismo e um mundo mais justo e sustentável.”
E acrescentou: “Acreditamos em instituições multilaterais fortes, uma ordem baseada em regras, diálogo aberto e cooperação global para enfrentar desafios comuns, seja em segurança, comércio, ação climática ou inovação.”
Uma cimeira que o líder europeu indicou ter demonstrou que a parceria entre a UE e a África do Sul é, para além de estratégica, também essencial. Assim, foi estabelecido um compromisso em trabalharem juntos, para fortalecer as instituições multilaterais, reformando-as de forma que sejam mais representativas, e também reformando as instituições financeiras internacionais para um mundo mais justo no futuro.
António Costa afirmou: “Para lidar com a instabilidade e a insegurança globais, decidimos lançar um dedicado Diálogo de Paz, Segurança e Defesa UE-África do Sul. Reafirmamos nosso compromisso de apoiar os esforços de paz na Ucrânia, nos Territórios Palestinianos ocupados, no Sudão, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e outros”.
Também, para combater as mudanças climáticas, a desigualdade e a pobreza, foi reafirmado o compromisso “com o Acordo de Paris, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Pacto para o Futuro.” António Costa conclui: “Precisamos agir sobre isso, não apenas para o bem-estar dos cidadãos de hoje, mas também para as gerações futuras.”
