Cimeira UE-Japão reforça parceria Económica e na Segurança e Defesa

Cimeira UE-Japão reforça parceria Económica e na Segurança e Defesa
Cimeira UE-Japão reforça parceria Económica e na Segurança e Defesa

No âmbito da 30ª Cimeira da União Europeia (UE) e o Japão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen referiu: “O mundo está a mudar rapidamente”, o que significa enquanto parceiros UE e Japão uma maior aproximação para “enfrentar as realidades dos nossos tempos”.

Atualmente, referiu Ursula von der Leyen, “enfrentamos uma pressão crescente em duas frentes principais. Por um lado, a geoeconomia, com crescentes tensões comerciais e incertezas, cadeias de abastecimento frágeis, o desafio do excesso de capacidade e condições de concorrência desiguais. E, por outro lado, a geopolítica, com ameaças crescentes à nossa estabilidade e interesses partilhados. Dos campos de batalha da Ucrânia às águas do Indo-Pacífico.”

Como resultado do encontro a Presidente da Comissão Europeia indicou que foi dia de fornecer respostas comuns e de agir em conjunto, e lembrou que no caso da competitividade “a Europa está a fazer a sua parte. Estamos a investir fortemente em inovação, melhorando o clima de negócios e a reduzir a burocracia”. No entanto, “a competitividade precisa de ser construída com parceiros de confiança, como o Japão.”

Aliança para a Competitividade

“A Europa e o Japão representam um quinto do PIB global e um mercado de 600 milhões de pessoas” indicou Ursula von der Leyen, e acrescentou: “Temos escala para moldar regras globais sobre comércio e tecnologia em linha com os nossos valores de justiça e abertura. É por isso que estamos a lançar hoje a nossa Aliança para a Competitividade.”

Sobre a Aliança para a Competitividade é assente em três pilares. “O primeiro pilar é o aumento do comércio bilateral entre a Europa e o Japão”, e lembrou que os fluxos comerciais entre as duas economias aumentaram mais de 20%. Agora, referiu Ursula von der Leyen “é preciso implementar integralmente o Acordo em todas as áreas, como as compras governamentais, as normas sanitárias e fitossanitárias, entre outras, para que possamos libertar todo o potencial”, e “também em simplificar as regras sempre que possível, para facilitar a vida aos nossos negócios. E para promover ainda mais oportunidades de investimento mútuo.”

“O segundo pilar é o reforço da segurança económica”, e se “o Japão está na liderança” a “Cimeira do G7 em Hiroshima estabeleceu uma direção clara”, e por isso, “estamos a atualizar o nosso Diálogo Económico de Alto Nível para orientar a cooperação em cadeias de abastecimento robustas, especialmente para matérias-primas e baterias, o que inclui também a intensificação da economia circular; estruturas seguras para a investigação conjunta; maior proteção da infraestrutura crítica, tanto física como cibernética.”

“O terceiro pilar é o nosso trabalho conjunto na inovação e nas transições verde e digital”. Assim, afirmou Ursula von der Leyen “continuamos as negociações para que o Japão se junte ao Horizon Europe, o maior programa de investigação e inovação do mundo. Espero que os possamos concluir este ano. No âmbito da nossa Aliança Verde, estamos a lançar uma nova cooperação em economia circular, sistemas de comércio de emissões e tecnologias limpas. No digital, estamos a estabelecer, entre outros, um Grupo de Trabalho sobre a Conectividade dos Cabos Submarinos, incluindo no Ártico.”

Parceria de Segurança e Defesa

Sobre segurança e defesa, um dos temas da Cimeira, Ursula von der Leyen lembrou: “ A Europa está a reforçar as suas capacidades com um plano industrial de defesa de 800 mil milhões de euros. E sabemos também que a segurança hoje depende das parcerias. Por conseguinte, é muito significativo que o Japão tenha sido o primeiro país fora da Europa a concluir connosco a nossa Parceria de Segurança e Defesa. Queremos colocar esta parceria totalmente em ação. No próximo ano, lançaremos o primeiro Diálogo Industrial de Defesa UE-Japão. Juntos, podemos reduzir as dependências e construir ecossistemas de defesa mais fortes, baseados na confiança mútua.”