Em Vilares de Vilariça, no concelho de Alfândega da Fé, o Circ’Bô – Festival Internacional de Circo Contemporâneo ocorre nos dias 1, 2 e 3 de agosto de 2025. Mas na terra transmontana do distrito de Bragança o espetáculo tem início nos dias 30 e 31 de julho de 2025, com os Dias Imersivos. Os dois dias com acesso limitado são dedicados a quem procura uma experiência mais íntima, com oficinas, caminhadas, práticas de bem-estar e momentos de conexão com o local Vilares de Vilariça e a paisagem envolvente.
Na edição de 2025 são destacadas 8 áreas do Festival:
■ Bô’Performances é o coração das artes performativas do Circ’Bô – onde o circo contemporâneo, o teatro e a dança ocupam os espaços públicos da aldeia com criações imersivas que aproximam artistas, comunidade e público. Com curadoria do INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, esta área apresenta uma programação diversa e de excelência, com companhias nacionais e internacionais, e experiências de grande proximidade e emoção.
Aqui, o público poderá assistir a espetáculos que abordam temáticas contemporâneas e relevantes, performances com técnicas como mastro chinês, roda cyr, acrobacia ou clown e residências artísticas que aproximam novos talentos da comunidade local.
Alguns dos espetáculos que vão acontecer:
- Eu Quero Andar de Carrinhos de Choque
- Seistopeia
- Performance Jennifer
- Contra Todas as Probabilidades (Lorena Echeverri)
- Cerchio Cromatico (Sette Apparelle)
- Cream (INAC)
- A Visita (Peça de teatro – Pedro Giestas)
- Os futuros da Aldeia – Marionetas de Rua
■ Bô’Pensar é o espaço intelectual do Festival Circ’Bô, dedicado à reflexão profunda, ao pensamento crítico e à construção coletiva de conhecimento. Aqui, o tempo abranda para dar lugar a conversas que inspiram ação e consciência, através de debates, talks e conferências sobre arte, cultura, sustentabilidade, tecnologia, inclusão e desenvolvimento rural.
- Encontros informais que ligam comunidade, especialistas e artistas.
- Um laboratório vivo de ideias, onde se semeiam soluções para além do festival.
Bô’Pensar é uma área que cultiva curiosidade, escuta ativa e empatia – para pensar em conjunto os futuros possíveis.
■ Bô’Som é a área do Circ’Bô dedicada à música – onde tradição e inovação sonora se encontram para criar experiências imersivas. Com curadoria da APORFEST, propõe uma escuta profunda que dialoga com o circo, a dança, o teatro e o território. Vão acontecer concertos em palcos naturais e espaços inesperados; sessões intimistas que convidam à contemplação e residências artísticas e colaborações criativas entre músicos e outras artes.
Concertos:
- Aramaeh
- Lavoisier
- Dj – Ohxala
- Jones&CO
- Afonso Rodrigues
- META
- Rausstuna
- Músicos emergentes para dinamizar Social Hub
■ Bô’Rituais é o coração simbólico do Circ’Bô – onde circo, música e natureza se unem num grande rito coletivo. Inspirada em tradições portuguesas, esta área cria ligações profundas entre a aldeia, a comunidade e o território.
Três grandes momentos marcam o festival:
- Abertura – celebra a energia criadora e quem torna tudo possível.
- Acolhimento – dá as boas-vindas aos novos, regenerando a aldeia.
- Encerramento – desfile que celebra memórias e une todos numa festa de verão.
■ Bô’Comer é a área gastronómica do Circ’Bô, onde cada prato celebra a tradição, o cuidado e a sustentabilidade. Promove-se uma alimentação local e consciente, com ingredientes de origem conhecida e sabores que contam histórias da terra.
Esta área vai incluir:
- Praça de alimentação com produtos típicos da região.
- Almoços imersivos “Sabores da Aldeia” em casas de moradores locais.
- Piqueniques no campo com o projeto “Cesto e Terra”.
- Restaurante Bô’Comer, com três cozinheiras de Alfândega da Fé a servir comida tradicional com alma.
■ Bô’Kids é a área pensada para as crianças e famílias – um espaço de criação, descoberta e crescimento em comunidade. Esta área acontece em duas fases:
■ Antes do festival, com um conjunto de atividades que vai tentar aproximar crianças dos 6 aos 12 anos das aldeias vizinhas, a viver connosco a essência da aldeia circo.
■ Durante o festival, onde as famílias que trazem as crianças têm um espaço só delas – um verdadeiro playground natural. Entre oficinas de artes e práticas de bem-estar, crescem em harmonia com a cultura, a natureza e os outros.
Este ano, regressa também um dos ex-líbris da edição passada: O Laboratório de Circo, onde o sonho de brincar se cruza com o encanto do palco.
Um convite para que toda a família viva a magia do circo e da infância.
Algumas das atividades:
- Laboratório do Circo
- Anel de Fábula (Pedro Giestas)
■ Bô’Ser é a área de bem-estar do Circ’Bô, onde corpo, mente e espírito se alinham numa celebração da vida. Inspirada pelo projeto “Willow Wellness Center”, da iLocal – que nasce com o propósito de transformar Vilares de Vilariça numa verdadeira Blue Zone – esta área do festival convida a um regresso ao essencial. Ao que verdadeiramente nutre: o corpo, a natureza, a escuta interior. Aqui, o tempo abranda. Práticas ancestrais cruzam-se com a sabedoria do presente. E cada gesto é um convite a viver com mais presença, saúde e conexão.
- Yoga, meditação e mindfulness, para presença e equilíbrio.
- Caminhadas conscientes, em harmonia com o corpo e a paisagem.
- Terapias de toque, som e respiração, que promovem cura e bem-estar.
- Sessões de astrologia e constelações familiares, para o autoconhecimento.
- Workshops que unem movimento e arte, em ligação com o Bô’Arte e o Bô’Rituais.
Mais do que um refúgio, a Bô’Ser é um espaço e um tempo de regeneração, partilhar e despertar.
- Alice Sousa (Meditação)
- Ana Salcedo (5º canção)
- Bárbara Eugénia (Voice Activation)
- Catarina Ananindeua (Vinyasa Flow – Yoga)
- Constança Morais (Contact Dance)
- Fábio Novo (Sonhos)
- Geeta (Breatwork)
- Joana Mónico (Yoga – Hatha)
- Pedro Jeremias (Astrologia)
- Pramod (BioEnergética)
- Íris Loba (Barro das Emoções)
- Catarina Costa (Caminhada de identificação de plantas medicinais, comestíveis e de cosmética)
■ Bô’Arte é o universo visual do Circ’Bô, onde a arte se cruza com os sentidos e com o envolvimento ativo de todos. Com curadoria de Iris Loba, propõe uma viagem pelas artes visuais, cinema, instalações e oficinas criativas.
Nesta área do Festival o público pode encontrar:
- Exposições, instalações e intervenções artísticas.
- Mostras de cinema ligadas ao universo rural e circense.
- Oficinas de cerâmica, bijuteria, gravura, azulejaria e som.
- Residências artísticas e decoração viva com o território.
Um espaço onde a arte se faz com e para todos.
Alguns dos artistas presentes:
- Elsa Morena – (Poesia)
- Hêmera – documentário (resultado da residência artística 2024)
- “Descubismo Contornismo” Inauguração / palestra (César Amorim – Mutes)
- Artistas emergentes para dinamizar Social Hub
Um festival que afirma-se como um movimento de descentralização cultural e regeneração dos territórios de baixa densidade, promovido pela associação iLocal – Inteligência Local. O foco é na regeneração do interior de Portugal, com um programa que ambiciona atrair novos habitantes para Vilares de Vilariça até 2030, e que pode servir de inspiração para outros territórios que enfrentam desafios semelhantes. A iLocal indica acreditar que a arte e a cultura são peças-chave para revitalizar territórios esquecidos. Mais do que simples expressão artística, a iLocal vê nestas áreas ferramentas essenciais para fixar novas populações no interior.
O festival contará com uma zona de camping gratuito (acessível com o Bô’Passe 3 ou 5 Dias), bem como com uma zona de Eco Camping (glamping) com tendas equipadas e infraestrutura de apoio. Estarão igualmente disponíveis outras opções de alojamento em parceria com unidades locais. Durante o evento, haverá shuttles gratuitos entre Macedo de Cavaleiros e Vilares de Vilariça, garantindo o acesso ao recinto através de transporte público.
O Circ’Bô é também um Laboratório de Impacto Ambiental (Bô’Eco), promovendo práticas de sustentabilidade, oficinas educativas e ações de sensibilização ambiental. A mobilidade, a alimentação e os resíduos são pensados de forma consciente e colaborativa.














