Desemprego aumenta no mês de fevereiro

Desemprego aumenta no mês de fevereiro
Desemprego aumenta no mês de fevereiro. Foto: Rosa Pinto

Uma análise elaborada pela Randstad sobre os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional e da Segurança Social, relativos ao mês de fevereiro de 2024, mostra o desemprego a crescer no mês de fevereiro de 2024.

Os dados do INE, no mês de fevereiro, indicam que foi registado um decréscimo no número de empregados em 3.200, ou seja, menos 0.1%, relativamente ao mês de janeiro. A população ativa registou um aumento de 4.100 pessoas, o equivalente a também a mais 0,1%.

Um aumento que é indicado dever-se ao facto do acréscimo da população desempregada ter sido superior 7.200 pessoas, ou seja, 2,0% face ao mês de janeiro, ao decréscimo da população empregada, em termos absolutos. A taxa de desemprego aumentou pelo segundo mês consecutivo, situando-se nos 6,7%.

Numa análise por género verificou-se que em fevereiro passaram a estar em situação de desemprego 6.500 mulheres, mais 3,4%, e 800 homens, mais 0,5%. Em termos de faixa etária, verificou-se um aumento do desemprego no grupo dos adultos, dos 25 aos 74 anos, com um aumento de 11.600 pessoas desempregadas face ao mês de janeiro.

Numa análise interanual verificou-se um aumento de 91.600 profissionais empregados, o que equivale a mais 1,9% face a fevereiro de 2023. Existiu também um aumento na taxa de emprego de 0,3 p.p. na comparação homóloga, situada nos 64,2%.

Por outro lado, os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicam que existiu uma diminuição nos pedidos de emprego em 3.676 pedidos e também no número de desempregados registados em 4.045 pessoas relativamente ao mês de janeiro. Esta queda mensal foi maior nas mulheres do que nos homens. Assim, os Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas constataram um total de 331.008 desempregados registados em fevereiro.

Os dados da análise da Randstad evidenciam ainda que, comparativamente ao mês anterior, verificou-se uma diminuição no desemprego registado em quase todas as regiões, sendo mais intenso o da Região do Algarve, em menos 2.148, ou seja, em menos 8,8% e a do Norte em menos 1.091, ou seja, menos 0,9%. Apenas houve aumento do desemprego registado na Região Metropolitana de Lisboa em mais 262 pessoas, ou seja, mais 0,2%. O Norte continua a ser a região com maior número de desempregados registados, com 125.541 pessoas na situação de desemprego ou seja 37,9% do total do desemprego em Portugal, seguido de Lisboa com 108.824 pessoas desempregados ou seja 32,9% do total do país.

A análise da Randstad conclui que o mês de fevereiro registou uma diminuição nos pedidos de emprego pela primeira vez após sete meses consecutivos de aumentos. Uma variável que se subdivide nas seguintes categorias: desempregados registados, empregados, ocupados, e os indisponíveis temporariamente. A análise mostra que um aumento nos pedidos de emprego por sete meses consecutivos pode ser um sinal de que o mercado de trabalho poderá estar a enfrentar desafios persistentes. Tal pode indicar um aumento do desemprego registado, uma diminuição das oportunidades de emprego disponíveis para os profissionais ou uma pressão adicional sobre os sistemas de assistência social.

“A grande novidade que esta análise nos traz é que, após sete meses consecutivos onde são verificados aumentos nos pedidos de emprego, esta foi uma variável que registou uma diminuição em fevereiro. No total foram registadas 11.377 ofertas de emprego por preencher no mês de fevereiro. Este indicador é fundamental para entender a dinâmica do mercado de trabalho, numa determinada região ou setor económico. Para além disto, oferece insights valiosos sobre a mobilidade da força de trabalho, bem como as preferências dos profissionais.” comentou Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, citada em comunicado da empresa.