
A economia da zona euro permanece resiliente, apesar dos múltiplos choques dos últimos anos, assumem os Ministros das Finanças da zona Euro. O Eurogrupo referiu em declaração que é esperado, em 2025, um crescimento moderado do PIB da zona euro, mas que o mesmo deverá acelerar em 2026, devido aos “ganhos sólidos no rendimento disponível real das famílias, apesar das atuais tensões comerciais.”
No entanto, referiu que embora os riscos para as perspetivas de crescimento sejam baixas, num contexto de incerteza excecional num ambiente volátil e imprevisível, o mercado de trabalho permanece robusto, com um desemprego historicamente baixo.
Os Ministros das Finanças da zona euro consideram que o investimento deverá aumentar na maioria dos Estados-Membros, devido à execução do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e de outros fundos da União Europeia (UE). A inflação global situa-se em torno do objetivo de 2% do BCE, e é esperado que estabilize em torno deste nível.
Também a dívida pública na zona do euro estabilizou em torno de 90% do PIB em 2024, com um ligeiro aumento projetado em 2025 e 2026, após um declínio significativo entre 2020 e 2023. O Eurogrupo espera que o deficit público da zona do euro aumente ligeiramente e permaneça acima, mas próximo, de 3% do PIB em 2025 e 2026.
A orientação orçamental da zona do euro foi contracionista em 2024 e deverá tornar-se amplamente neutra em 2025, com base na previsão da Comissão Europeia, o que para o Eurogrupo considera adequado à luz das perspetivas macroeconómicas mais negativas e da redução das pressões inflacionárias.
Os Ministros consideram que o fortalecimento das capacidades de defesa da Europa está entre as principais prioridades, e por isso irá ser reforçada a defesa, segurança e prontidão globais, mas continuando a preservar a sustentabilidade da dívida. A ativação da cláusula de salvaguarda nacional para as despesas de defesa durante o período de 2025-2028 apresentado por onze Estados-Membros da zona euro nesta fase é considerada pelo Eurogrupo como positiva.
No entanto, o Eurogrupo alertou que a cláusula de salvaguarda nacional deve ser implementada de forma prudente para facilitar a transição para um nível mais elevado de despesas de defesa a médio prazo.
Sobre as despesas em defesa, estas devem ser feitas concentrando-as em investimentos produtivos e inovação e isso pode apoiar a atividade económica na Europa, melhorar a capacidade das economias em absorver maiores despesas de defesa e, assim, garantir a melhor relação custo-benefício para o dinheiro público.













