DGS emite norma sobre diagnóstico da Fibromialgia

Fibromialgia passa agora a dispor de norma sobre diagnóstico. Com a emissão da norma a Direção-Geral da Saúde (DGS) enquadra a fibromialgia como doença permitindo um melhor acompanhamentos dos pacientes.

DGS emite norma sobre diagnóstico da Fibromialgia
DGS emite norma sobre diagnóstico da Fibromialgia. Foto: © DR

A fibromialgia tem uma taxa de prevalência específica média de 1,7% do total das doenças reumáticas em Portugal sendo que a maioria das pessoas com fibromialgia é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 43 e os 60 anos, indica a DGS.

A doença é genericamente caracterizada por dor cronica neuromuscular generalizada, fadiga, acordar cansado, alterações cognitivas e em alguns casos perturbações gastrointestinais.

A Direção-Geral da Saúde emitiu, em 27 de dezembro, uma norma sobre os procedimentos para diagnóstico da fibromialgia. Com a emissão da norma, a patologia passa a ter reconhecimento oficial pelo sistema nacional de saúde o que vem facilitar um melhor acompanhamento dos doentes.

A fibromialgia é uma condição que em muitos casos reduz substancialmente a qualidade de vida e capacidade produtiva do doente.

A norma estabelece os procedimentos para confirmar o diagnóstico da patologia definindo diversos níveis e os meios complementares de diagnóstico no caso de diagnóstico diferenciado.

Para a elaboração do diagnóstico da síndrome fibromiálgica a norma recorre aos critérios validados pelo ‘American College of Rheumatology (1990 e subsequentes revisões) e pelas sociedades canadianas de dor e reumatologia.

Para efeitos de determinação dos níveis de evidência da doença a norma indica que são suportados peloOxford Center of Evidence Based Medicine (Oxford Center of Evidence Based Medicine. Levels of evidence: march 2009).

O questionário de suporte é “o ‘Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ- P), um questionário de autopreenchimento com 10 itens, específico para avaliação do estado de saúde das pessoas com fibromialgia”.

O FIQ- P “avalia a sintomatologia mais prevalente nesta síndrome e está validado para a população portuguesa. É bastante sensível às mudanças do estado de saúde destas pessoas, provocadas pelas várias abordagens terapêuticas. A pontuação varia entre 0 e 100, correspondendo um valor superior a uma maior incapacidade e gravidade dos sintomas”.