Dias do Património em Vila Real

Dias do Património a Norte, nos dias 15 e 16 de junho, em Vila Real, promovidos pela Direção Regional de Cultura do Norte em parceria com a Câmara Municipal, decorrem na Sé de Vila Real com diversas atividades, incluindo visitas e música.

Dias do Património em Vila Real
Dias do Património em Vila Real. Foto: CC/wikimedia

Depois de Arouca, Tarouca e Miranda do Douro, os Dias do Património a Norte decorrem em Vila Real, nos dias 15 e 16 de junho. Um evento com uma programação artística, cultural e gastronómica, desenhado com o traço da identidade singular de cada localidade.

A iniciativa é promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), em parceria com os municípios locais, e envolve um investimento total de 400 mil euros, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.

Em Vila Real, os Dias do Património começam no dia 15 de junho, sexta-feira, com uma Visita-Jogo, que incentiva a percorrer e descobrir segredos da , até aí não conhecidos. Uma atividade orientada para os mais novos, e reservada às escolas.

No dia 16 de junho, sábado, o dia começa com a Visita-Jogo, aberta aos mais novos, e segue-se o concerto “Mão Verde” da Capicua e Pedro Geraldes, “que faz entoar batidas, rimas e jogos de palavras, com animação garantida.”

No início da tarde, no interior da Sé, conversa-se sobre o Património e a Europa. Uma conversa em que elementos da própria comunidade vilarealense nos vai dar a conhecer a história e estórias deste legado. Estes conhecedores locais vão guiar os participantes numa visita singular, “cunhada por um olhar único e uma perspetiva íntima sobre a Sé de Vila Real.”

“A emblemática tradição do Covilhete é-nos apresentada num minidocumentário pelas mãos do chef Tiago Emanuel Santos e pelo olhar de Vasco Mendes, numa visão conjunta da história de outros tempos desta iguaria” vai transportar os participantes para tempos e sabores.

Ao final da tarde de sábado, no exterior do Conservatório, alunos do Conservatório, com a coordenação do grupo Lavoisier, brindam-nos com um reportório original. E a fechar o programa, “a guitarra portuguesa faz-se ouvir pelas mãos do notável guitarrista Pedro Caldeira Cabral.”

Programa dos Dias do Património em Vila Real

Dia 15 junho, sexta-feira

10h00 – Visita-Jogo à Sé de Vila Real, reservada às escolas,

Conceção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho

Dinamização: Juliana Sá

Dia 16 junho, sábado

10h00 – Visita-Jogo à Sé de Vila Real

Concepção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho

Dinamização: Juliana Sá

Ponto de encontro: Entrada da Sé

11h30 – Concerto para famílias, ‘MÃO VERDE’, com Capicua e Pedro Geraldes

Local: Largo do pelourinho

Concerto: “Mão Verde” é um concerto temático para crianças, em torno das plantas, da agricultura, da alimentação, dos cheiros das ervas aromáticas, da cor das flores e com uma clara motivação ecologista. Rimas, histórias, rap e jogos de palavras, sobre batidas coloridas, e com a ajuda do público, acompanhadas por diversos instrumentos tocados ao vivo.

14h30 – Conversas, O Património e a Europa

Local: Interior da Sé

Conversas: O maior e mais rico património da Europa são os valores e os princípios inspiradores que o Conselho Europeu consagrou, no rescaldo da guerra mais devastadora para a humanidade. Ao longo de décadas, a Europa deu passos significativos para a consolidação da paz e para o reforço da união. O surgimento de movimentos xenófobos e etno-nacionalistas e de governos ultraconservadores constituem uma perigosa afronta à segurança e à liberdade e um desafio para a Europa dos Cidadãos.

16h00 – Visita Guiada por membros da comunidade

Guias: Hilário Néry de Oliveira, Lúcia Costa e José Pinto

Ponto de encontro: Entrada da Sé

Descrição: A história de um local não é apenas um conjunto de factos escritos ou estudados. Nesta visita cruzamos o conhecimento científico acerca da Sé com um conjunto de outras dimensões, como as vivências da população que com ela privou ou os modos de vida de quem por aqui passou. Venha conhecer a Sé e as suas estórias, numa visita guiada com pormenores únicos.

17h00 – Mini-documentário, O Covilhete de Outros Tempos

Chef Tiago Emanuel Santos

Direção e Realização: Vasco Mendes

Local: Interior da Sé

Descrição: A emblemática tradição gastronómica de Vila Real, tão intimamente ligada à expressão religiosa deste monumento, pelos olhos e mãos do Chef Tiago Emanuel Santos – O Covilhete. Num registo vídeo, que reúne gerações de conhecimento e saberes-fazer, o chef convidado dá a conhecer o modo, de outros tempos, de confecionar o Covilhete e convida a uma reflexão sobre o poder e importância dos produtos e tradições locais. Um diálogo apaixonado e entusiasta, em íntima parceria com a Confraria do Covilhete, é o convite lançado aos participantes deste momento.

Apoio: da Confraria do Covilhete – CC – Vila Real e da ProChef.

19h00 – Concerto Performance com grupos da Comunidade

Coordenação: Lavoisier (Patrícia Relvas – cantora e Roberto Afonso – guitarrista)

Participação: alunos do Conservatório Regional de Música de Vila Real

Local: Exterior do Conservatório

Descrição: Esta é nova criação, desenhada com os alunos do Conservatório Regional de Música de Vila Real e que terá como ponto de partida a transformação do repertório tradicional regional. Uma obra musical que reflete a identidade dos participantes, da sua música e da sua cultura. O duo Patrícia Relvas e Roberto Afonso formam os Lavoisier e assumem a direção deste grupo, construindo com eles um espetáculo único e irrepetível, assente na ideia de que “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

21h30 – Concerto, por Pedro Caldeira Cabral

Local: Exterior/Entrada da Sé

Autor/descrição: Exímio guitarrista, Pedro Caldeira Cabral toca guitarra portuguesa desde os 8 anos. Reconhecido internacionalmente como compositor e multi-instrumentista já celebrou 50 anos de carreira.

A guitarra portuguesa, com a sua sonoridade particular e recursos expressivos únicos, tem um passado, um presente e um futuro que importa conhecer. Tendo entrado definitivamente na categoria de instrumento de concerto, apreciada além-fronteiras, representada por um conjunto alargado de intérpretes, apostados na divulgação das várias vertentes que constituem o seu reportório, e o qual é bem ilustrado no programa deste recital.

Atualmente, a guitarra portuguesa, é o nosso único instrumento popular cuja transversalidade de uso se expressa nas mais diversas áreas musicais: do Fado à Música Antiga ou da World Music ao Jazz.