O Partido Verde Europeu deseja boa sorte aos partidos portugueses filiados nos Verdes Europeus, para as eleições legislativas de domingo, 18 de maio de 2025. Nestas eleições Portugal irá, no entender do Verdes Europeus, escolher uma política de privatizações de direita ou um futuro socialmente justo e verde.
O Governo de Portugal entrou em colapso a 11 de março de 2025, depois de o primeiro-ministro Luís Montenegro, líder do PSD (membro do Partido Popular Europeu), ter perdido um voto de confiança no Parlamento, após alegações de conflitos de interesses envolvendo a sua empresa de consultoria Spinumviva. E, refere Partido Verde Europeu, ainda não forneceu informações suficientes sobre os seus laços com clientes corporativos que manteve enquanto esteve no cargo.
Vula Tsetsi, co-presidente do Partido Verde Europeu, declarou: “A Iniciativa Liberal, um partido da oposição que outrora defendia a transparência e o combate à corrupção, parece estar agora a ignorar hipocritamente os flagrantes conflitos de interesses do Primeiro-Ministro Montenegro e a almejar um possível governo de coligação. Quando o PSD, partido conservador de direita do Montenegro, forma uma coligação com a Iniciativa Liberal de Rui Rocha, associada ao ALDE, existe um risco real de desinvestimento nos serviços públicos essenciais e de redução da coesão social.”
Os verdes europeus referem que a Iniciativa Liberal já apresentou propostas para um departamento de eficiência governamental inspirado em Donald Trump. O Partido pretende privatizar as infraestruturas e os serviços essenciais, como o Serviço Nacional de Saúde, a Estação Nacional de Televisão, bem como reduzir as regulamentações habitacionais e fiscais em nome da liberdade individual. Um partido que cedeu à extrema-direita e propôs aumentar o tempo mínimo de residência necessário para obter a nacionalidade portuguesa.
O copresidente do Partido Verde Europeu, Ciarán Cuffe, acrescentou: “Os cidadãos portugueses terão uma escolha. Ou será uma coligação entre os conservadores do Montenegro e os liberais de Rocha, com uma agenda de desregulação que, em última análise, minará os investimentos essenciais de Portugal na saúde, no estado de bem-estar social, na habitação e na ação climática. Ou será um futuro verde com políticas de bem-estar social reforçadas que proporcionem às pessoas segurança, recursos e tempo livre. As soluções para a atual crise imobiliária e o colapso climático devem basear-se em alternativas socialmente justas que alavanquem o investimento público e a comunidade, em vez de soluções individualistas e orientadas para o lucro, oriundas de mercados não regulados.”
