
A artista plástica Beatriz Albuquerque leva à cidade de Vila Real a Exposição Antológica “Corpo em Ação” (Body in Action). A exposição, que reúne variados projetos interdisciplinares da artista plástica, é visitável de 12 de julho a 6 de setembro de 2025, no Museu da Vila Velha, de terça a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00, com entrada livre.
Entre as obras expostas constam: Wonder Memories (Peregrinos da Memória), um projeto no qual são mapeadas, documentadas e divulgadas as memórias da diáspora portuguesa no mundo; o Crisis of Luck (Crise na Sorte) que ganhou o Prémio Revelação da 17ª Bienal de Cerveira no a artista oferece uma solução para todos os problemas do público sobre a forma de um bolo da sorte ou Activism (parte do Guerilla project) – um jogo e video arte criado para enticar a revolução e o ativismo positivo em todos nós, que ganhou o Myers Art Prize em Nova Iorque e que foi uma das obras que o diretor do Casoria Contemporary Art Museum queimou durante a sua campanha de protesto contra a austeridade na arte em Itália.
No primeiro de abertura, dia 12 de julho, às 16h, a artista Beatriz Albuquerque apresentará a performance que integra na Exposição um outro projeto, Trabalho de Graça (Work For Free). A artista, doutorada pela Columbia University, Nova Iorque, oferece a criação gratuita de uma obra de arte solicitada pelos participantes. Assim, cada visitante poderá encomendar uma peça, escolhendo entre diferentes suportes – pintura, desenho, fotografia, performance, livro de artista, vídeo, mail art, entre outros – e determinar todas as características da obra. O único requisito é que o visitante interessado forneça os materiais necessários para a sua realização (tela, papel, tinta, etc.) e aguarde a conclusão da obra. Em alguns casos, o visitante poderá até acompanhar a criação do trabalho.
No dia de encerramento da Exposição, a 6 de setembro, a artista plástica apresentará novamente uma performance.
Com este projeto em Vila Real, a artista Beatriz Albuquerque continua a explorar o desejo de aproximar a arte da vida e, simultaneamente, a nossa busca pela democratização da arte, do pensamento e da cultura.
Beatriz Albuquerque desenvolve diferentes práticas artísticas do vídeo, à fotografia, com performances e instalações artísticas, tendo já recebido o prémio revelação da Bienal de Cerveira, assim como o prémio Myers Art do Teachers College, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, e o prémio Ambient Performance Serie, em Chicago.
Sobre a artista escreve Valter Hugo Mãe na folha de sala da exposição: “No contexto português, não vejo ninguém a fazê-lo com mais brilho e pertinência do que Beatriz Albuquerque. Ninguém mais imprevisível e, ao mesmo tempo, mais inteligente a usar a arte enquanto ferramenta da política que nos interessa a todos: a de indicar um mundo melhor.”