Faltam médicos obstetras no Hospital de Bragança

Hospital de Bragança não dispõe de médicos obstetras que permitam satisfazer as necessidades da população. Presidente da Câmara de Bragança exige ao Ministério da Saúde a contratação de obstetras que garantam o serviço de Ginecologia/Obstetrícia.

Faltam médicos obstetras no Hospital de Bragança
Faltam médicos obstetras no Hospital de Bragança. Foto: © Rosa Pinto

O Presidente da Câmara de Bragança alerta para a falta de médicos obstetras no Hospital de Bragança, exigindo que o Serviço de Ginecologia/Obstetrícia seja dotado de todos os meios, humanos e materiais, necessários à prestação de um serviço de qualidade, para as grávidas da região e para a sustentabilidade demográfica do território.

É feito notar que Serviço de Ginecologia/Obstetrícia tem vindo a atravessar sérias dificuldades, designadamente na cobertura permanente do Serviço de Urgência, devido à carência de profissionais médicos de Obstetrícia. Uma situação que obriga ao encaminhamento das grávidas da região, para Unidades Hospitalares muito distantes, nomeadamente Vila Real, o que para o Presidente da autarquia tem um elevado impacto no conforto e na segurança das grávidas.

A falta de recursos médicos obstetras no Hospital de Bragança pode ser facilmente resolvida, no entanto, no entender no Presidente da Câmara, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) não tem mostrado disponibilidade para contratar os médicos necessários.

O recurso, sistemático, a profissionais médicos em regime de Prestação de Serviços constitui uma situação de grande precariedade no funcionamento do serviço, refere o Presidente da Câmara, e acrescenta que isso “estará, também, na origem dos atuais problemas”.

Para o Presidente da autarquia a atual situação “tem, já, um impacto significativo, no número de partos realizados noutras Unidades Hospitalares, que deveriam ter sido realizados em Bragança, como atesta a diferença entre o número de testes do pezinho realizados nos centros de saúde do Distrito e o número de partos ocorridos na Unidade Hospitalar de Bragança.”

Mas também são citados outros efeitos como a de que “a situação desincentiva as grávidas a serem seguidas na consulta externa, da Unidade Hospitalar de Bragança, por saberem que existe uma forte probabilidade de o parto não ocorrer na mesma Unidade.”

A manter-se a atual situação é posto em risco o funcionamento do Serviço de Obstetrícia e a sua consequente permanência na Unidade Hospitalar de Bragança, com o seu eventual encerramento, alerta o Presidente da Câmara.

É num contexto de preocupação que o Presidente da autarquia exige “ao Ministério da Saúde e ao Conselho de Administração da ULSNE, o reforço, imediato, do quadro de pessoal de médicos obstetras, da Unidade Hospitalar de Bragança, com vínculo permanente, em quantidade suficiente para assegurar o pleno funcionamento do serviço, em condições de segurança e de qualidade adequadas.“