Festival Caminhos do Cinema torna Coimbra tela da arte cinematográfica

Mais de 760 obras inscritas, entre longas a curtas, animações a documentários, eleva a programação para 26 longas, 110 curtas, 17 documentários e 21 animações. O festival conta, pela primeira vez, com uma seção paralela de filmes de caráter ensaístico e experimental.

Festival Caminhos do Cinema torna Coimbra tela da arte cinematográfica
Festival Caminhos do Cinema torna Coimbra tela da arte cinematográfica. Foto: Rosa Pinto

O Festival Caminhos do Cinema, que já vai na sua XXIV edição, decorre de 23 de novembro a 1 de dezembro de 2018, com Coimbra a ser a grande tela da arte cinematográfica.

Com um total de 762 candidaturas, o Festival, deste ano, mais que duplicou o número inscrições em relação à edição anterior que foi de 316, como consta no website da organização do festival, que indica ainda que das candidaturas constam desde longas a curtas, animações a documentários, sendo 323 portuguesas e 439 estrangeiras de 65 países.

O Brasil aparece com segundo país com mais candidaturas, o que torna o Festival Caminhos num grande festival de produção de língua portuguesa, e no caso português num “reflexo plural da produção anual de cinema nacional, cuidando e promovendo as obras fílmicas produzidas fora do eixo – Lisboa e Porto,” e onde “Persona Non Grata, Filmógrafo, Zêzere ou ainda as produções do Bando à Parte são essenciais para esta diversidade curatorial.”

O festival, que desde 1988, se vem afirmando como uma celebração da arte cinematográfica estabelecer pontes entre culturas, géneros e novas fronteiras tem início, dia 23 de novembro, com o Simpósio “Fusões no Cinema”, em São João da Madeira.

O programa do festival revela novas secções paralelas e maior “variedade de géneros, linguagens, metragens e origens da filmografia”, e uma programação “vasta e diversa nas secções”, em que vão contar com “26 longas, 110 curtas, 17 documentários e 21 animações” num “total de 74 horas, 5 minutos e 55 segundos” de exibição.

A nova seleção paralela “Outros Olhares” é uma das grandes novidades do Festival Caminhos do Cinema, que é “caracterizada por filmes de caráter ensaístico e experimental”, em que para além do trabalha do argumento “trabalham afincadamente no domínio sensorial, estimulado pelo conjunto da imagem e som”, em os “filmes, como ‘O Espectador Espantado’, de Edgar Pêra, ‘Cimbalino’, de Jerónimo Rocha ou ‘Lupo’, de Pedro Lino, ilustram uma nova vaga de cinema que está a surgir.”

A organização já divulgou no website “https://www.caminhos.info/” algumas das obras que vão ser exibidas nas diversas seções, mostrando que o Festival deste ano traz variedade, novidades e obras de grande qualidade. Um festival que é também uma escola de arte.