Fígado Gordo afeta mais de um milhão de portugueses

Campanha de consciencialização sobre Esteatose Hepática Não-Alcoólica da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado pretende alertar para a importância da prevenção e do tratamento precoce do Fígado Gordo.

Fígado Gordo afeta mais de um milhão de portugueses
Fígado Gordo afeta mais de um milhão de portugueses. Foto: Rosa Pinto

A Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa, causada pelo excesso de gordura acumulada no fígado, que leva a inflamação e fibrose (cicatrização) deste órgão. Num estado mais avançado, pode provocar Cirrose Hepática ou mesmo Cancro do Fígado.

Dados do Global Liver Institute indicam estimar-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, em todo o mundo. Em Portugal a doença afeta um milhão de pessoas. No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), que se assinala a 8 de junho, a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai promover uma ação de consciencialização sobre a doença.

A campanha de consciencialização da APEF, sob o mote “Um passo à frente da NASH”, tem como objetivo alertar a população para a importância de prevenir, detetar e tratar precocemente a doença, que quando diagnosticada pode encontrar-se já numa fase avançada.

Arsénio Santos, presidente da APEF, referiu, citado em nota de imprensa da Associação, que se trata de “uma doença que não escolhe géneros nem idades, podendo afetar quer crianças quer idosos. Pode não causar lesão no fígado, mas, nalguns casos, pode causar inflamação deste órgão, e evoluir para cirrose hepática ou cancro do fígado. Estas situações, quando não são prevenidas ou tratadas, lesam gravemente a nossa saúde e até podem levar à morte. É, assim, primordial que as pessoas saibam que esta é uma doença pervenível e evitável”.

O responsável da APEF acrescentou: “A quantidade de gordura no fígado pode ser reduzida através de alterações no estilo de vida. Por esta razão, recomenda-se que as pessoas mantenham uma alimentação mais equilibrada e saudável, favorecendo alimentos ricos em fibras e evitando alimentos compostos por gorduras saturadas; e que pratiquem cerca de 60 minutos de atividade física por dia. Não precisa ser tudo ao mesmo tempo. Andem mais, subam escadas e façam exercício, sempre que for possível”.