Fragata Álvares Cabral em missão no Golfo da Guiné

O NRP Álvares Cabral vai, durante dois meses, intervir na região do Golfo da Guiné em vários tipos de iniciativas. Com as marinhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe vai fazer ações de vigilância e patrulha conjuntas.

Fragata Álvares Cabral da Marinha Portuguesa, no Tejo
Fragata Álvares Cabral da Marinha Portuguesa, no Tejo. Foto: Rosa Pinto

Durante dois meses o navio da Marinha Portuguesa, fragata Álvares Cabral, vai estar em missão na região do Golfo da Guiné, indicou a Marinha. O NRP Álvares Cabral que tem largada prevista para 7 de fevereiro, da Base Naval de Lisboa.

A fragata Álvares Cabral vai dar o “contributo de Portugal para o esforço internacional de capacitação dos países do Golfo da Guiné em matéria de segurança marítima e combate às atividades ilícitas no mar.”

A Missão da fragata compreende o apoio, em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, aos projetos em curso de cooperação técnico-militar, e onde irá fazer ações de vigilância e patrulha conjuntas com forças dos dois países e nas águas de jurisdição desses países. Ações que se inserem “no âmbito dos acordos estabelecidos entre Portugal e os dois países.”

Na deslocação a São Tomé e Príncipe, o NRP Álvares Cabral junta-se aos navios da Marinha Portuguesa NRP Bérrio e NRP Zaire, que já se encontram em águas de São Tomé e Príncipe, “com a missão de promover o projeto de capacitação da guarda-costeira deste país.”

Para além da missão, no âmbito de apoio bilateral, a Marinha indicou que durante a permanência no Golfo da Guiné, a fragata Álvares Cabral vai ainda participar na iniciativa ‘OBANGAME EXPRESS’ promovida pelo United States Naval Forces Europe-Africa / United States 6th Fleet.

O objetivo da iniciativa é “estimular e incrementar a cooperação regional e partilha de informação entre os diversos centros de comando e controlo de operações marítimas no Golfo da Guiné e promover o intercâmbio de conhecimento na área do domínio marítimo, assim como a interoperabilidade entre todas as forças e unidades navais.”

Outra das intervenções é a participação no exercício ‘ALCANTARA 18’ organizado em conjunto entres as Marinhas Portuguesa e do Reino de Marrocos “que decorrerá em águas territoriais marroquinas, com o objetivo de promover a interoperabilidade através do treino operacional naval e anfíbio.”

Durante os dois meses, a Marinha vai também continuar “a testar o novo modelo de emprego operacional de fragatas com o embarque de uma força de 53 fuzileiros reforçando a sua capacidade expedicionária numa perspetiva de operações de resposta as crises”, como é o caso “da evacuação de cidadãos não combatentes, apoio humanitário e de resposta a catástrofes.”

A fragata Álvares Cabral é atualmente comandada pelo Capitão-de-fragata Alexandre Santos Fernandes, e nesta missão opera “com uma guarnição base de 135 militares, sendo 30 do sexo feminino”. Embarcada segue “uma Força de Fuzileiros, uma equipa de abordagem de Fuzileiros, uma equipa de mergulhadores, uma equipa médica e três Aspirantes a Oficial da Escola Naval, e no âmbito das relações bilaterais com o Brasil, França, Espanha e Chile seguem quatro oficiais observadores desses países. No total seguem embarcados 205 militares.