Fraunhofer Portugal quer premiar ideias de estudantes e investigadores

Fraunhofer Portugal Challenge 2018, o concurso de ideias para estudantes e investigadores decorre até 29 de julho. Se consideras ter uma tese brilhante, ou uma ideia que vai ter impacto no mundo, então o concurso certo é este.

Fraunhofer Portugal quer premiar ideias de estudantes e investigadores
Fraunhofer Portugal quer premiar ideias de estudantes e investigadores

O prazo para candidaturas ao Fraunhofer Portugal Challenge 2018, o concurso de ideias para estudantes e investigadores, termina no dia 29 de julho. O objetivo do concurso é premiar e impulsionar as melhores ideias desenvolvidas no âmbito de Teses de Mestrado e de Doutoramento em universidades portuguesas.

Smartphones, saúde, agricultura, países em desenvolvimento, wearables, crowd sourcing, sensores de mobilidade, monitorização de atividade, desporto, segurança, seniores, big data e logística são alguns dos temas preferenciais que a iniciativa pretende ver no concurso para premiar.

O Fraunhofer Portugal Challenge 2018 procura, desta forma, as melhores ideias nas áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), Multimédia ou outras Ciências conexas, que vão ao encontro da visão do FhP-AICOS: ‘Moldar o Futuro, Impactar Vidas’, bem como da missão de criar ‘Tecnologia Notável, Fácil de Usar’. As ideias submetidas devem refletir o potencial impacto nas áreas científicas atualmente em desenvolvimento pelo centro de investigação, como é o caso da interação homem-máquina, do processamento de informação e da computação autónoma.

Para a candidatura os interessados devem preencher o formulário de registo e carregar a apresentação da ideia no website do concurso, como indicado no regulamento. As ideias devem basear-se numa tese concluída no ano letivo 2016/2017 ou que ainda seja defendida no ano letivo 2017/2018.

O vencedor do concurso será anunciado no Evento de Encerramento do Fraunhofer Portugal Challenge, no dia 31 de outubro. A sessão inclui a apresentação pública dos melhores projetos selecionados na segunda fase do concurso. As seis melhores ideias vão receber prémios científicos no total de 9.000 euros, que vão ser divididos em duas categorias: Mestrado e Doutoramento, com 3 lugares cada, ou seja, 1º, 2º e 3º Prémio.

Finalistas de edições anteriores do concurso testemunham do sucesso depois da participação

Bernardo Marques participou no Fraunhofer Portugal Challenge em 2016, e a sua ideia – um sistema que utiliza um jogo baseado em Realidade Virtual para monitorizar indivíduos com fobias – mereceu o prémio de 2º lugar. Após o Fraunhofer Portugal Challenge, a ideia continuou a ser desenvolvida em parceria com a Universidade de Aveiro, envolvendo o Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, o Departamento de Educação e Psicologia, e o Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, e já foi submetida a um pedido de patente em Portugal.

Bernardo Marques caracteriza a sua participação no concurso como muito positiva. “Toda a discussão envolvida com a ideia que apresentei ajudou-me a perceber ainda melhor como podia melhorar a divulgação da mesma e como a poderia continuar a evoluir”, referiu o investigador. “Quem já esteve associado ao desenvolvimento de uma ideia de investigação compreende os inúmeros obstáculos que estão inerentes no processo. Mas saímos [do Fraunhofer Portugal Challenge] com a sensação de que vale a pena apostar nestas ideias, de que temos capacidade de fazer a diferença e contribuir para melhorar a vida dos outros”.

Também João Monteiro, que participou na edição de 2017, fala da experiência com entusiasmo. “[Após o Fraunhofer Portugal Challenge] recebemos contactos de pessoas por todo o país para falar sobre o projeto. Foi incrível. Não conseguiríamos ter tido o mesmo alcance de outra forma”, diz o investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

O projeto HealthTalks, uma app que funciona como um sistema gestão de informação médica pessoal e pretende melhorar a comunicação entre médico e paciente, transcrevendo gravações áudio de consultas e fornecendo informações sobre termos médicos.

Atualmente, a ideia está a ser desenvolvida no INESC-TEC. A equipa, além de estar a criar novas funcionalidades para a app, está em processo de validar a solução junto de médicos e profissionais clínicos, e estão a decorrer testes com pacientes reais.