Os Hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a utilizar o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na aquisição de equipamentos de nível tecnológico superior aos atualmente em uso, nomeadamente equipamentos de diagnóstico por imagem.
De acordo com a GE HealthCare Portugal já foram outorgadas muitas adjudicações, e que outras estão em curso, para a aquisição e substituição de equipamentos por modelos mais avançados, de forma a modernizar, melhorar o acesso e qualidade de diagnóstico por imagem nos hospitais públicos de Lisboa, Porto Coimbra, Leiria, Setúbal, Santarém, Vila Nova de Gaia, Viseu e Almada, o que irão permitir combater a desigualdade no acesso à saúde e a tecnologia de ponta entre diferentes regiões do país.
Informação da GE HealthCare aponta que, até ao momento, foram realizadas mais de uma dezena de adjudicações à empresa, no âmbito do PRR, para modernização de equipamentos, como Ressonâncias Magnéticas (RM), Tomografias Computorizadas (TAC), Angiógrafos e Camaras Gama (CG), dotados de tecnologias avançadas, inteligência artificial, maior velocidade de aquisição de imagens, maior conforto para o doente e muito menores doses de radiação nos equipamentos de TAC.
Os novos equipamentos caracterizam-se por oferecer vantagens significativas, desde a qualidade da imagem diagnóstica, que é significativamente superior aos já existentes, permitindo diagnósticos mais precisos e fidedignos. Os equipamentos são também mais eficientes em termos energéticos, o que contribui para a sustentabilidade e redução de custos operacionais.
Com estas aquisições os tempos de espera dos utentes podem também vir a ser reduzidos, e em casos de intervenções minimamente invasivas com recurso a angiografia, os tempos de recuperação e de alta hospitalar também tendem a diminuir.
As vantagens incluem os doentes e os profissionais de saúde, dado que além de possibilitarem uma maior qualidade diagnóstica, há uma menor exposição à radiação e uma gestão mais ágil dos agendamentos.
Com esta modernização tecnológica é esperado vir a haver menor desigualdade no acesso à saúde, dado que a instalação de novos e mais modernos equipamentos de diagnóstico em hospitais do interior, assim como a criação de novas áreas de serviço, permitirão que mais utentes tenham acesso a diagnósticos, bem como a tratamentos, sem necessidade de se deslocarem para grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto ou Coimbra.
Outro dos benefícios que tenderão da existência de tecnologia avançada em hospitais do interior será atrair e aí fixar profissionais de saúde.
“Este investimento surge num contexto em que, nos últimos anos, o investimento em tecnologia para o SNS tinha sido limitado, especialmente desde a crise que se iniciou em 2011. Entretanto, a inovação tecnológica no setor de equipamentos médicos, impulsionada pelo esforço de investigação e desenvolvimento das empresas, trouxe novas funcionalidades e capacidades tecnológicas. Este investimento permite-nos recuperar o atraso tecnológico, face a outros países europeus, no diagnóstico por imagem”, afirmou Rui Costa, Diretor-Geral da GE HealthCare Portugal, citado em comunicado da empresa.
É esperado que com o recente anúncio, no passado dia 16 de maio, de um novo pacote de financiamento do PRR até 2026, o SNS possa vir a ser dotado de mais e melhores equipamentos, incluindo também tecnologia de tomografia por emissão de positrões (PET). Isto permitiria criar novas áreas clínicas e aumentar a oferta de serviços pelos hospitais.
Para Rui Costa, a GE HealthCare “prevê um futuro risonho para o setor da saúde em Portugal, com uma atualização tecnológica contínua na próxima década”, e conclui que a empresa continuará a desenvolver novas funcionalidades e soluções, incluindo inteligência artificial, para garantir que os utentes tenham acesso a diagnósticos por imagem de alta qualidade e a cuidados de saúde baseados em valor.
