“Janeiro Sem Álcool”: um desafio lançado pelos especialistas em doenças do fígado

Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado promove, pela primeira vez no país, uma iniciativa em que desafia os portugueses a evitar consumir bebidas alcoólicas durante o mês de janeiro. “Janeiro Sem Álcool” é também um alerta para as consequências do álcool.

“Janeiro Sem Álcool”: um desafio lançado pelos especialistas em doenças do fígado
“Janeiro Sem Álcool”: um desafio lançado pelos especialistas em doenças do fígado

A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) promove uma ação nacional de consciencialização para a doença hepática alcoólica. Uma doença que é uma consequência que advém do elevado consumo de álcool. A iniciativa “31 Dias Sem Álcool” é no âmbito do desafio “Janeiro Sem Álcool”, lançado pelos especialistas em doenças do fígado. O objetivo é alertar a população para os danos relacionados com o álcool.

“Com esta ação pretendemos ajudar as pessoas a adquirir um estilo de vida mais saudável durante o ano que agora começa. É importante que a população adulta pense nos seus comportamentos a nível social e nas consequências que os mesmos trazem para a sua saúde; e que alerte os seus jovens para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas. A verdade é que é possível viver sem álcool não invalidando que as pessoas não se possam divertir, relaxar ou socializar”, afirma José Presa, presidente da APEF, citado em comunicado da Associação.

O especialista acrescenta: “A ingestão excessiva e continuada de álcool traz consequências sérias em termos de saúde, nomeadamente para o fígado, como fígado gordo, hepatite alcoólica e cirrose hepática; ou consequências indiretas como as resultantes por exemplo dos acidentes de viação. Estas situações, quando não tratadas ou prevenidas, lesam gravemente a saúde e podem, até, levar à morte.”

A iniciativa “Janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal é a primeira vez que a campanha é promovida.

A APEF lembra que dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2019, que considera indivíduos a partir dos 15 anos, indicam que o consumo de álcool por parte dos jovens portugueses é elevado, uma vez que, em 2019, 84,5% dos inquiridos, com 18 anos, 70,1%, com 16 anos, e 37%, com 14 anos, afirmou ter ingerido bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses. O estudo demonstra também que o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,4 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.