Medicamento da BIAL para a doença de Parkinson aprovado no Japão

Autoridades regulamentares dos medicamentos do Japão acabam de aprovar o medicamento da BIAL para a doença de Parkinson, Ongentys (opicapona). O medicamento português deverá estar disponível aos pacientes, no Japão, até 2021.

Medicamento da BIAL para a doença de Parkinson aprovado no Japão
Medicamento da BIAL para a doença de Parkinson aprovado no Japão. Foto: DR

O medicamento para a doença de Parkinson desenvolvido pela farmacêutica portuguesa BIAL foi aprovado pelas autoridades regulamentares dos medicamentos do Japão. Este é o primeiro medicamento com origem em investigação portuguesa a ser aprovado no Japão. Um país que é considerado o terceiro mercado farmacêutico a nível mundial.

Esta aprovação vem no seguimento do acordo de licenciamento que a BIAL assinou em 2013 com a empresa nipónica ONO Pharmaceutical Co., Ltd., para o desenvolvimento e comercialização do medicamento Ongentys (opicapona) no Japão.

“Depois da aprovação na Europa e nos EUA, a autorização das autoridades japonesas vem reforçar o nosso compromisso contínuo de melhorar a qualidade de vida dos doentes em todo o mundo”, referiu António Portela, CEO da BIAL.

O responsável da farmacêutica esclareceu que “no Japão, existem 163 mil pessoas com Parkinson que vão poder beneficiar de um medicamento que resulta da nossa investigação, o que é motivo de enorme orgulho no nosso trabalho e na nossa equipa. Estamos empenhados, juntamente com a ONO, em fazer chegar aos doentes de Parkinson no Japão, o mais breve possível, o nosso medicamento, agora que esta importante etapa foi ultrapassada”.

O medicamento Ongentys (opicapona) recebeu recentemente aprovação do regulador do mercado farmacêutico norte-americano a Food and Drug Administration (FDA), e assim, passou a estar disponível nos mercados do Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal. A BIAL perspetiva que ainda em 2020 e em 2021 o fármaco seja introduzido em outros países europeus, bem como nos EUA, Japão e Coreia do Sul.

A BIAL indicou que investe anualmente mais de 20% da sua faturação em investigação e que é até agora a única farmacêutica portuguesa com produtos de investigação própria: um medicamento para a epilepsia e um para a Doença de Parkinson. Com mais de 15 mil moléculas sintetizadas, BIAL tem centrado a sua atividade de Investigação & Desenvolvimento nas neurociências.

A aposta na Investigação & Desenvolvimento e os resultados obtidos têm permitido a expansão internacional da companhia, que conta atualmente com filiais em 9 países e vende os seus medicamentos em mais de 50, sobretudo da Europa, África e América. Nos últimos 10 anos, o peso das vendas nos mercados internacionais tem sido crescente, representando hoje cerca de 75% do volume de negócios da empresa. No ano passado, o volume de negócios da BIAL ultrapassou os 300 milhões de euros, sendo que os EUA são já o principal mercado em vendas de farmácia para a farmacêutica portuguesa.