Mosteiro de Arouca vai receber intervenção de um milhão de euros

Ministro da Cultura na apresentação do programa de intervenção no Mosteiro de Arouca. Um milhão de euros vai ser investido para criar melhores condições de acesso e conforto para os visitantes do Mosteiro, e ainda para criar sistemas de conteúdos atrativos multimédia.

Mosteiro de Arouca
Mosteiro de Arouca. Foto: CC/Henrique Matos

A Direção Regional de Cultura do Norte está a levar a cabo a operação ‘Mosteiros a Norte’, uma operação que possui cofinanciamento do Programa Norte 2020. No âmbito da operação, e com a presença do Ministro da Cultura, Luis Filipe de Castro Mendes, tem lugar a apresentação do Programa de intervenção no Mosteiro de Arouca.

O Programa de intervenção tem um orçamento de um milhão de euros com o objetivo de dotar o Mosteiro de Arouca de melhores condições e meios de acolhimento de visitantes.

Intervenção no Mosteiro de Arouca

Atualmente as instalações do Mosteiro de Arouca são obsoletas e desajustadas para o acolhimento de visitantes. O programa de intervenção considera a instalação de uma estrutura de acolhimento do visitante, que inclui: receção, bengaleiro, posto de vendas, instalações sanitárias, vestiário, elevador e dispositivos para pessoas com mobilidade reduzida e ainda a concretização do Espaço da Memória.

O Espaço Memória vai, para além da musealização de vestígios medievais, albergar sistemas multimédia para visualização/audição de conteúdos interpretativos do Mosteiro (Mafalda Sanches e 10 Séculos em 10 minutos).

Para uma melhor acessibilidade, a intervenção considera, também, a conceção e implementação de um sistema de sinalética que aumente a informação e melhore o fluxo dos visitantes.

Devido ao mau estado dos janelões da Igreja e coro-alto e à necessidade de melhorar a sustentabilidade térmica, ambiental e de manutenção vão ser substituídos todos os respetivos caixilhos, e assim, vão ser melhoradas as condições de conforto dos visitantes.

Operação Mosteiros a Norte

Os Mosteiros a Norte, que incluem: Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades, constituem “um importante legado da arquitetura religiosa monástica a norte do país”. Estes Mosteiros encontram-se classificados como Monumentos Nacionais ou Imóveis de Interesse Público, pelo que é “prioritária a sua preservação, valorização e divulgação.”

Os Mosteiros “assumem pela sua dimensão e valor patrimonial, uma forte presença no território, e constituem polos dinamizadores de atratividade na paisagem rural e urbana onde se inserem, pela proximidade com os respetivos centros urbanos de Arouca, Vila Nova de Gaia, Amares, Braga, Felgueiras e Barcelos.”

O Ministério da Cultura, através da Direção Regional de Cultura do Norte, pretende levar a cabo intervenções de consolidação das instalações, “melhorar e criar espaços de receção/acolhimento, numa articulação com o reforço de iniciativas culturais e artísticas, como a criação da composição/paisagem monástica e ciclo de interpretação itinerante nos mosteiros, e de divulgação dos espaços monásticos como polos de atração no território e consequente aumento do número de visitantes e criação de novos públicos.”

O objetivo da operação ‘Mosteiros a Norte’ é “privilegiar a fruição e usufruto do património cultural como uma rede temática de grande valor patrimonial resultante do aprofundamento da interpretação dos percursos de visita.”