Num jardim em Florença, iluminados pelo luar, o Duque, Lorenzo e Giomo aguardam a vinda de alguém que tarda a chegar. Este é o “cenário” da primeira cena do drama em cinco atos. Lorenzaccio, obra canónica da dramaturgia ocidental, estreia-se em território nacional pelas mãos do encenador Rogério de Carvalho no próximo dia 23 de outubro e fica em cena até 14 de novembro.
O espetáculo “sobre uma cidade, um ser coletivo feito de inúmeras vozes, comunidade humana que a corrupção política destrói e divide”, como se pode ler no programa de sala, procura promover uma reflexão sobre a ausência de um sistema de valores face ao poder e à capacidade de dissimulação do ser humano. Reforçando a política de descentralização do Teatro Nacional São João (TNSJ), Lorenzaccio pode ser visto no Palácio do Bolhão.
O drama romântico francês de Alfred de Musset (1834) – que foi alvo de censura moral ou “patriótica” – reveste-se do “espírito com que havia sido criado” para materializar o desejo antigo do Teatro de Bolhão de o trazer a palco. A crítica intemporal a uma sociedade em decadência, que propõe uma reflexão sobre o nosso tempo, conta com tradução e dramaturgia de Alexandra Moreira da Silva e resulta de uma coprodução da companhia portuense e do TNSJ.

Lorenzaccio está em cena às quartas e quintas-feiras, às 19h00; às sextas-feiras e sábados, às 21h00; e aos domingos, às 16h00. O preço dos bilhetes é de 10 euros. No dia 25 de outubro é possível participar na conversa pós-espetáculo. A récita do dia 1 de novembro vai contar com tradução simultânea em Língua Gestual Portuguesa.
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