As Empresas Privadas de Apoio Domiciliário criaram uma Associação com a missão de unir, qualificar e valorizar um setor, que consideram ainda pouco visível no panorama nacional.
A nova entidade designada AEPAD – Associação Nacional das Empresas Privadas de Apoio Domiciliário, terá o propósito de representar o setor privado de cuidados domiciliários no nosso país. Um setor considerado importante no atual contexto de envelhecimento acelerado da população e crescente pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que leva a que o apoio domiciliário seja, hoje, uma resposta estratégica às novas necessidades de cuidados continuados e hospitalização no domicílio.
É reconhecido que as empresas privadas certificadas e devidamente licenciadas têm desempenhado um papel crucial ao proporcionar cuidados personalizados, próximos e eficazes, um contributo que agora assume numa nova posição institucional com a criação da AEPAD.
“A AEPAD nasce da urgência de dar voz, força e legitimidade a centenas de empresas que todos os dias cuidam de milhares de portugueses nas suas casas. Queremos ser mais do que uma associação: pretendemos ser um motor de transformação para o setor a nível nacional”, afirmou Nuno Afonso, que assume a Presidência da AEPAD, citado em comunicado pela Associação.
A AEPAD assume-se nos estatutos como associação sem fins lucrativos que reúne prestadores privados de cuidados domiciliários, com a finalidade de representar o setor junto das autoridades públicas e reguladores, promover boas práticas, formação contínua e inovação, defender uma regulação justa e equilibrada, criar redes de partilha e cooperação entre os seus associados e reforçar a sustentabilidade dos cuidados domiciliários em Portugal.
Atualmente atuam na prestação de cuidados a milhares de cidadãos em todo o país, centenas de empresas privadas que empregam profissionais qualificados como auxiliares, enfermeiros e terapeutas. No entanto, enfrentam diversos desafios como ausência de reconhecimento institucional, concorrência informal, barreiras burocráticas e escasso apoio público.
A esmagadora maioria da população idosa prefere permanecer no seu lar, perto da família e da comunidade. Os serviços domiciliários promovem não apenas maior conforto emocional, mas também resultados clínicos mais seguros e económicos. A AEPAD começa por defender a construção de uma rede mista e complementar entre setor público, privado e social, deforma a que seja garantido que envelhecer em casa seja uma escolha viável para todos.














