‘O cancro do pulmão não tira férias’: Campanha alerta para sinais e sintomas

Diagnóstico precoce do cancro do pulmão pode ajudar a salvar-lhe a vida. As férias não devem servir para abandonar a preocupação de se estar atento aos sintomas o que justifica a campanha: ‘O cancro do pulmão não tira férias’.

‘O cancro do pulmão não tira férias’: Campanha alerta para sinais e sintomas
‘O cancro do pulmão não tira férias’: Campanha alerta para sinais e sintomas

Durante o período de férias são abandonadas muitas das preocupações incluindo as da saúde. Mas as doenças não entram de férias, pelo que desvalorizar sinais e sintomas que possam conduzir ao diagnóstico precoce de várias doenças, como o cancro do pulmão, onde a deteção atempada é essencial para um melhor prognóstico, não é a postura adequada.

O cancro do pulmão não tira férias’ é o mote de uma campanha realizada pela AstraZeneca, em parceria com Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Associação Careca Power, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Pulmonale, Rede Expressos e Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), no âmbito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala a 1 de agosto de 2021.

“É natural que haja um menor número de casos diagnosticados no período de verão, que será devido quer à menor procura dos serviços de saúde por parte dos utentes, quer à diminuição dos procedimentos de diagnóstico devido às férias dos profissionais de saúde, que ocorrem preferencialmente nesta altura”, confirmou António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).

O especialista concorda que a altura de férias, não só pela disponibilidade mental, mas também de tempo, é uma oportunidade para a adoção de melhores hábitos de vida. No caso do cancro do pulmão, “além dos hábitos considerados adequados para a saúde, como o exercício físico e uma alimentação diversificada e não calórica, é uma boa altura para o estabelecimento de planos de cessação tabágica, o maior fator de risco” para esta doença, sendo mesmo “responsável por cerca de 90% dos casos diagnosticados”.

Mas porque o cancro do pulmão nem sempre é fácil de diagnosticar, o que resulta, tal como refere o presidente da SPP, do facto “ de os sintomas ocorrerem habitualmente já numa fase avançada da doença, nomeadamente quando já não é possível a recessão cirúrgica”, sempre que o doente sentir “dor torácica, tosse seca persistente, expetoração hemoptóica (secreções com sangue), dispneia (falta de ar) ou sintomas constitucionais como astenia ou emagrecimento, deve recorrer ao seu médico assistente ” não deve hesitar na consulta a um profissional de saúde.

Um diagnóstico o mais precoce possível, “numa fase ainda passível de orientar o doente para uma recessão cirúrgica, que é o único tratamento potencialmente curativo. Por outro lado, mesmo que esta hipótese não seja possível, o doente ainda com bom estado geral de saúde, terá oportunidade de realizar o tratamento indicado, o que não será possível caso se apresente já debilitado, dada a exigência dos tratamentos sistémicos habitualmente administrados”. O diagnóstico precoce é possível estando alerta para os sintomas e respondendo aos mesmos o mais rápido possível, com a ajuda dos profissionais de saúde.