O Ouro do Reno, de Richard Wagner, no Mosteiro de São Bento da Vitória

Sessão das Leituras no Mosteiro leva o libreto de ópera, o Ouro do Reno, de Richard Wagner, na terça-feira, 19 de outubro, às 19h00, ao Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto. A entrada é gratuita.

O Ouro do Reno, de Richard Wagner, no Mosteiro de São Bento da Vitória
O Ouro do Reno, de Richard Wagner, no Mosteiro de São Bento da Vitória. Foto: © João Tuna

O Ouro do Reno, de Richard Wagner, é o próximo libreto de ópera em destaque na iniciativa, Leituras no Mosteiro, na próxima terça-feira, 19 de outubro, que decorre no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto.

O texto de divulgação da segunda sessão das Leituras no Mosteiro refere que a iniciativa volta a debruçar-se sobre os libretos de ópera, e neste caso O Ouro do Reno, de Richard Wagner. A iniciativa é promovida pelo Centro de Documentação do Teatro Nacional São João, e tem a coordenação de Nuno M Cardoso e Paula Braga.

Nesta próxima sessão o texto refere que se a Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny coloca a nu o mundo burguês, a peça de Wilhelm Richard Wagner pode ser interpretada como uma alegoria do capitalismo.

O Ouro do Reno, a primeira das quatro óperas que constitui a tetralogia O Anel do Nibelungo – escrita pelo alemão ao longo de 26 anos (entre 1848 e 1874) –, conta a história do nibelungo Alberich, que, ignorando o amor, rouba às filhas do Reno o ouro para fazer um anel, cujos poderes mágicos conferem ao possuidor a possibilidade de dominar o mundo. Numa escalada de acontecimentos que envolvem não só terrenos, mas também semideuses e deuses, a peça coloca o leitor na génese do conflito entre a redenção pelo amor puro e a cedência à ambição do poder, a qualquer custo, refere o texto de divulgação da iniciativa.

Nesta viagem à essência da condição humana, Richard Wagner inspirou-se não apenas nas epopeias medievais germânicas, mas também na filosofia “revolucionária” de Feuerbach, para confrontar a sociedade da época – a ópera foi apresentada pela primeira vez a 22 de setembro de 1869, em Munique – com o conforto da resignação ao destino, temática que se revela pertinente ainda nos dias de hoje.