Obra do Metrobus do Mondego entre Alto de São João e a Portagem foi começou

Construção do troço entre Alto de São João e a Portagem, do Metrobus do Mondego, foi adjudicada à empresa DST – Domingos da Silva Teixeira, S.A por 23.595.219,02 euros. A obra tem a duração de 18 meses.

Obra do Metrobus do Mondego entre Alto de São João e a Portagem foi começou
Obra do Metrobus do Mondego entre Alto de São João e a Portagem foi começou. Foto: © Rosa Pinto

A obra de construção do troço do Metrobus do Mondego no concelho de Coimbra, entre o Alto de São João e a Portagem com cerca de 5,2 quilómetros de extensão já teve início, e tem um prazo de execução de 18 meses.

O auto de consignação da empreitada com a empresa DST – Domingos da Silva Teixeira, S.A. já foi assinado numa cerimónia realizada no edifício da Câmara Municipal de Coimbra, e que teve a presença do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, indica comunicado as Infraestruturas de Portugal (IP).

A empreitada denominada “SMM – Troço Portagem – Alto de São João – Adaptação da Infraestrutura a BRT, Adutora da Boavista e Drenagem Pluvial do Vale da Arregaça” no montante de 23.595.219,02 euros irá ser gerida na forma jurídica de Agrupamento de Entidades Adjudicantes (AEA), entre a Infraestruturas de Portugal, S.A., a Empresa Águas do Centro Litoral, S.A. (AdCL) e a Empresa Águas de Coimbra, E.M. (AdC), cabendo a cada uma das entidades suportar financeiramente e respetivamente 77,8%, 20,1% e 2,1% do valor do custo da obra.

As Infraestruturas de Portugal referem que as intervenções a executar vão permitir adaptar a infraestrutura ferroviária existente no troço urbano do ramal da Lousã, de forma a possibilitar a criação de um serviço de transporte em autocarros de alta capacidade em canal próprio, tipo BRT, envolvendo, entre outros, os seguintes trabalhos:

Adequação de 2,8 quilómetros de espaço canal existente e 2,4 quilómetros em zona urbana (cerca de 1,0 quilómetros na Av. Emídio Navarro e 1,4 quilómetros na denominada Variante de Solum), num total de 5,2 quilómetros;

Criação de Faixa de circulação de dois sentidos com largura de 7,00 metros;

Construção de 10 paragens com dupla plataforma, 6 das quais no novo canal urbano, distanciadas em média de aproximadamente 400 m;

Criação de uma zona de inversão de sentido e de carregamento elétrico, que será o términus do troço urbano Alto de S. João – Coimbra Cidade/Aeminium – Coimbra B;

Adaptação dos arruamentos ao canal existente (plataforma) e novo perfil transversal tipo;

Integração urbana e tratamento paisagístico e adaptação da iluminação pública;

Execução de trabalhos de pavimentação betuminosa e instalação de semaforização e sinalização rodoviária;

Execução de zonas de acessos de emergência e de inversão dos veículos rodoviários.

A Águas Centro Litoral, S.A (ACL) é responsável pelo Projeto do “Sistema adutor da Boavista – Sector Central I”, que tem como objetivo a conclusão das infraestruturas que constituem o designado Sector Central do Sistema Adutor da Boavista (Coimbra). Uma obra prevista na atual empreitada e que inclui os seguintes trabalhos:

Ao nível do abastecimento de água: Conduta adutora entre o cruzamento Av. Urbano Duarte/ Av. Da Lousã e a zona da Ponte Açude.

Do saneamento de águas residuais: Coletor gravítico no troço Calhabé – Estação Elevatória do Parque;

Estação elevatória (EE), a construir no parque de estacionamento de autocarros, junto ao Parque Manuel Braga.

A Águas de Coimbra, E.M. (AC), irá executar o projeto de infraestruturas públicas de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais a construir na zona do Vale da Arregaça, junto ao canal do ramal da Lousã. Uma intervenção que tem o objetivo de assegurar a melhorias das condições de drenagem pluvial existentes. Uma intervenção que envolve os seguintes trabalhos:

Execução de uma nova rede de drenagem de águas residuais domésticas instaladas em toda a zona intervencionada, prevendo novas câmaras de visita;

Reformulação de todos os ramais domiciliários domésticos;

Execução de coletores de betão armado com diâmetros de 1200 e 1500 mm, junto ao canal do Metro Bus;

Reforço da drenagem superficial dos arruamentos, com a introdução de vários órgãos de entrada de águas pluviais.

A empreitada que agora tem início dá continuidade à obra de construção do troço Serpins – Alto de São João que a Infraestruturas de Portugal está a executar desde setembro de 2020.

O Empreendimento Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que está a ser desenvolvido pela Infraestruturas de Portugal e a Metro Mondego, consiste na implementação de um Metrobus com tração elétrica (a baterias) no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra. Com uma extensão total de 42 quilómetros, fará a ligação entre Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra (servindo a estação de Coimbra B e o eixo central da cidade entre a beira rio e a zona dos hospitais da cidade).

O futuro Metro do Mondego é um meio de transporte moderno, seguro e confortável, que irá garantir uma alternativa de mobilidade eficiente e sustentável, disponível para as populações da região de Coimbra.

O projeto do SMM tem como principais objetivos:

  • Promover a mobilidade sustentável, através da implementação de um serviço de mobilidade atrativo e competitivo, operado por autocarros elétricos, conduzindo à transferência modal para um modo de transporte energeticamente mais eficiente e com menores emissões.
  • Reforçar a intermodalidade do sistema de transportes da região de Coimbra, criando condições de integração física, bilhética e tarifária.
  • Promover a ligação dos municípios de Lousã e Miranda do Corvo ao centro urbano de Coimbra sem transbordo, com excelentes condições de segurança e fiabilidade, reforçando a integração económica e social do território.