Padrão dos Descobrimentos está em obras de conservação

Obras de conservação e restauro do Padrão dos Descobrimentos não limitam as visitas dos muitos turistas que invadem a zona de Belém, em Lisboa. Um papel frontal ilustra o conjunto escultório, agora coberto de andaimes, e é local para ‘selfies’.

O Padrão dos Descobrimentos já está coberto pela estrutura de andaimes que vai permitir proceder às obras de conservação e de restauro do revestimento pétreo exterior.

A intervenção para limpeza da pedra e manutenção de segurança da estrutura cobre toda a parte exterior. Uma obra que permite a salvaguarda deste património marcante da cidade de Lisboa e marca histórica da cultura e dos descobrimentos marítimos portugueses.

A execução da obra é feita pelas empresas STAP- Reparação consolidação e modificação de estruturas S.A. e pela Monumenta – Reabilitação do edificado e conservação do património, Lda, e vai decorrer até finais de dezembro de 2016.

O Padrão dos Descobrimentos irá manter-se aberto para visita durante todo o período de execução da obra. No exterior, na parte frontal, foi instalado um painel que ilustra o conjunto escultório do Padrão dos Descobrimentos.

As obras não limitam as visitas dos muitos turistas que invadem a zona de Belém. O painel frontal passou a ser a nova atração para todas as fotografias de recordação.

O painel é da autoria do Pintor António Viana e o grafismo é de Rita Neves. António Viana possui uma larga obra como artista plástico, trabalhos em museus, e com várias exposições em Portugal, na Europa, na América e na Ásia.

O Padrão dos Descobrimentos é uma obra da autoria do arquiteto Cottinelli Telmo e do escultor Leopoldo de Almeida. Foi construído em 1940 e, como o objetivo era apenas a Exposição do Mundo Português, os materiais usados foram o ferro e o cimento e as esculturas em estafe, ou seja, uma “mistura de espécies de gesso e estopa, consolidada por armação ou gradeamento de madeira ou ferro”.

A construção definitiva, em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra, foi concluída em 1960. Uma obra que fez parte das comemorações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique.

Em 1985 o Padrão é dotado de um miradouro, auditório e salas de exposições, uma remodelação da autoria do arquiteto Fernando Ramalho. Assumindo-se então como Centro Cultural das Descobertas.