Pestana Hotel Group dá mais de meio milhão de euros para corta-fogo no Funchal

Pestana Hotel Group doa mais de meio milhão de euros para aquisição de 60 hectares de terreno destinado à criação de uma faixa de corta-fogo no Funchal. A estratégia é criar condições para diminuir risco de propagação de incêndios.

Faixa de corta-fogo, no Funchal, com apoio do Pestana Hotel Group.
Faixa de corta-fogo, no Funchal, com apoio do Pestana Hotel Group. Foto: DR

O Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira vai receber 557.254 euros do Pestana Hotel Group para proceder à aquisição de 60 hectares de terrenos de propriedade privada, para a implementação da primeira fase de uma faixa corta-fogo.

O objetivo da faixa corta-fogo é criar uma zona tampão ou de contenção entre uma área frequentemente afetada por incêndios, e a cidade do Funchal. Esta área tampão vai “servir para eliminar, ou pelo menos mitigar, o risco de propagação dos incêndios para zonas habitacionais do Funchal e consequentemente garantir a segurança da população.”

A doação foi já oficializada, no dia 3 de novembro, tendo como palco o Miradouro do Curral dos Romeiros e a presença do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque e do Presidente do Pestana Hotel Group, Dionísio Pestana.

Dionísio Pestana, Presidente do Pestana Hotel Group, referiu: “Estamos cientes da importância do nosso contributo para a manutenção do património florestal, economia e comunidade local”, e acrescentou que por isso trata-se de “um investimento que se justifica no quadro do compromisso permanente do Pestana Hotel Group com a Madeira” e “da política de responsabilidade social global” do referido grupo hoteleiro.

O projeto de criação da faixa corta-fogo envolve no total 420 hectares, agora esta verba doada pelo Pestana Hotel Group à Região Autónoma da Madeira irá permitir concluir na totalidade a primeira fase de implementação da zona tampão.

A área da faixa corta-fogo, em causa, situa-se junto ao Caminho dos Pretos, entre o Terreiro da Luta e o Palheiro Ferreiro, e é constituída por terrenos privados abandonados, onde atualmente predomina mato, eucaliptos e acácias e outras plantas altamente combustíveis.

As plantas altamente combustíveis vão ser gradualmente retiradas e plantadas espécies folhosas como carvalhos, castanheiros e espécies indígenas como loureiros, faias, uveiras e massarocos. Estas espécies que ardem com maior dificuldade vão, em caso de incêndio, reduzir a intensidade da combustão e assim permitir melhores condições no combate à propagação das chamas.

Para facilitar o combate às chamas é ainda criada uma rede de caminhos florestais que, para além de acessos, funcionará como aceiros, ou seja, faixas corta-fogo desprovidas de vegetação. Está ainda prevista a construção de um tanque de 1500 m3 e a instalação de uma rede de água e bocas-de-incêndio, para fornecimento de água aos bombeiros.