Planos de vacinação pediátrica não estão a ser cumpridos

Planos de vacinação como contra o sarampo, a meningite, a tosse convulsa, o tétano, o meningococo C, a papeira, a rubéola e a tuberculose não estão a ser cumpridos e as crianças podem correr vários riscos, alerta o Movimento Doentes pela Vacinação.

Planos de vacinação pediátrica não estão a ser cumpridos
Planos de vacinação pediátrica não estão a ser cumpridos

O Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA) indica que assiste com preocupação à quebra das taxas de vacinação entre os mais novos. O Programa Nacional de Vacinação (PNV) e as vacinas extra-Plano não estão a ser cumpridos. Uma situação que potencia o aparecimento de doenças graves como o sarampo, a meningite ou a tuberculose.

O medo parece ser a principal razão para que pais e encarregados de educação adiem consultas e deslocações aos hospitais e centros de saúde. Este receio pode, a curto prazo, originar surtos e ter consequências em toda a comunidade. No Dia Mundial da Criança, o MOVA faz um apelo aos pais e encarregados de educação, para retomarem consultas e práticas de prevenção.

As taxas de vacinação pediátrica, mesmo nas vacinas incluídas em PNV diminuíram abruptamente. Uma situação considerada extremamente preocupante pelo MOVA, que no Dia Mundial da Criança deixa o apelo: é urgente que se retomem consultas e a vacinação, dentro e fora do Programa Nacional de Vacinação.

“As pessoas têm medo. Temos de assegurar que o seu regresso às rotinas de saúde se processe rapidamente, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos desta quebra na vacinação. Que se sinta segura na deslocação para vacinar os seus filhos e que perceba que este é o maior ato de proteção”, referiu Isabel Saraiva, fundadora do MOVA.

“Não temos, ainda, vacina contra a COVID-19, mas não podemos viver a medo. Sabemos que existem muitas outras doenças graves que são preveníveis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas”, acrescentou Isabel Saraiva.

O MOVA considera urgente que as autoridades comuniquem com pais e encarregados de educação de forma assertiva e que os serviços e as infraestruturas estejam preparados para receber estes utentes de forma segura, prática e eficaz.

“Temos de sensibilizar a população para a importância da vacinação, ao mesmo tempo que lhe oferecemos as ferramentas e as infraestruturas ideais para a sua concretização. É urgente que se recupere o tempo perdido durante o confinamento, de forma a evitar a propagação de doenças graves”, indicou ainda a fundadora do MOVA.

No entender do MOVA é cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite.

A Direção-geral da Saúde reforçou recentemente que, até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves.