
Uma nova tecnologia que aumenta a eficácia do processo de estabilização de cortiça, otimizando a qualidade de uma das etapas mais importantes do processo de produção de rolhas de cortiça e que reduzir o risco de formação de compostos indesejáveis, responsáveis pelo conhecido “gosto a rolha”, efeito comprometedor para a indústria, obtém registo de patente europeia pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).
A invenção “Estufa de Estabilização para Cortiça e Método de Estabilização” introduz um método de estabilização de pranchas de cortiça, mais previsível e sustentável, que controla a produção de cortiça sob condições rigorosamente controladas de temperatura, humidade e arejamento.
O Politécnico de Coimbra indica em comunicado que a invenção é resultado de projeto transversal do IPC, Lab2Factory, que envolveu investigadores da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC-IPC) e do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC-IPC), o projeto foi desenvolvido por António Amaral, António Barata, Filipe Aguiar, José Martins, Luís Castro, Luís Roseiro, Maria Nazaré Pinheiro e Pedro Beirão.
“O projeto permitiu desenvolver um protótipo autónomo e transportável, capaz de assegurar as condições ideais para a estabilização da cortiça. Esta inovação contribui para prevenir desvios organoléticos no produto final de excelência deste importante setor da economia nacional — a rolha de cortiça natural — em que Portugal é líder mundial”, referiu Luís Castro, investigador do CERNAS e do ISEC/IPC e líder da equipa de investigação, citado pelo IPC.
Para Sara Proença, Diretora do INOPOL Academia de Empreendedorismo do IPC, “a obtenção desta patente representa mais um exemplo concreto do compromisso do Politécnico de Coimbra com a valorização do conhecimento produzido na academia. No INOPOL, trabalhamos para transformar a investigação aplicada em soluções que respondam a desafios reais da sociedade e da indústria, reforçando a ponte entre ciência, tecnologia e inovação.”