Rastreio ao cancro do pulmão em Portugal é uma prioridade para a Pulmonale

Cancro do pulmão tem uma taxa de sobrevivência muito baixa. A Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão alerta que é prioritário arrancar com um rastreio à patologia para diminuir o número de mortes.

Rastreio ao cancro do pulmão em Portugal é uma prioridade para a Pulmonale
Rastreio ao cancro do pulmão em Portugal é uma prioridade para a Pulmonale

O cancro do pulmão é o que mais mata em Portugal, alerta a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale). Para reduzir esta elevada taxa de fatalidade a Pulmonale considera que deve ser implementado em Portugal um rastreio a este tipo de cancro, e para isso propõe que se dê inicio um projeto piloto.

Isabel Magalhães, Presidente da Pulmonale, explicou que “todos os dias são diagnosticadas, em média, 14 pessoas com cancro do pulmão e que 11 pessoas morrem diariamente desta doença. É, por isso, urgente avançar com um projeto piloto de cancro do pulmão em Portugal que vise uma redução do número de mortes por este tipo de cancro.”

“A Associação, em conjunto com um grupo de peritos na área da saúde, tem vindo a elaborar um projeto piloto para rapidamente apresentar à tutela. Neste projeto é defendida, de forma unânime, a necessidade de se implementar um rastreio em Portugal. Estamos certos de que o diagnóstico precoce continua a ser o método mais promissor na redução da mortalidade, sendo o rastreio essencial para salvar vidas,” concluiu a representante da Associação.

Em 2020, cerca de 320 mil pessoas foram diagnosticadas com cancro do pulmão nos países da União Europeia e mais de 257 mil pessoas morreram da doença. Em comparação com outras patologias oncológicas, como o cancro da mama ou o colorretal, o cancro do pulmão continua a ter uma taxa de sobrevivência muito baixa. A possibilidade de sobreviver cinco anos após o diagnóstico é de apenas 15%.