Os cinco projetos vencedores das Bolsas de Cidadania da Roche de 2025 já são conhecidos. Os 75 mil euros das Bolsas de Cidadania vão ser distribuídos por iniciativas de áreas diversas no âmbito da saúde, e abrangem várias zonas do país.
Displasias ósseas, cuidados paliativos, cancro hereditário, dano cerebral adquirido e doenças respiratórias, são as áreas em que incidem os projetos vencedores da edição de 2025.
Bolsa de 25 mil euros
ANDO Portugal, Associação Nacional de Displasias Ósseas com projeto Pontes de Inclusão – Capacitação para a saúde
Um projeto que pretende combater as barreiras no acesso a cuidados especializados enfrentadas pelas pessoas com displasias ósseas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. O projeto está estruturado em três fases: diagnóstico de necessidades; capacitação de doentes, familiares e profissionais de saúde; e criação de uma rede local de apoio e advocacia, Uma aposta na criação da plataforma digital “PONTE”, que oferecerá materiais informativos adaptados e workshops especializados.
O objetivo é aumentar a literacia em saúde, promover o empoderamento dos doentes e reforçar as ligações com os centros de referência nacionais, mitigando o isolamento social e clínico vivenciado por estas comunidades.
Bolsa de 20 mil euros
Associação Casa do Cuidar com projeto MATERNAR
Trata-se de um projeto inovador que pretende transformar mães enlutadas em agentes de apoio emocional a outras mães com filhos em cuidados paliativos. Visa identificar e capacitar 72 mães enlutadas, oferecendo-lhes um percurso de acompanhamento especializado em cuidados paliativos. Após três meses, espera-se que metade destas mães esteja apta a prestar apoio emocional e espiritual a outras mães que, no momento, acompanham filhos em cuidados paliativos.
Bolsa de 15 mil euros
Associação EVITA – Cancro Hereditário com projeto Sombra para Todxs
O projeto pretende vai mobilizar jovens do ensino secundário e universitário de Oeiras como cientistas cidadãos na prevenção primária do cancro cutâneo, transformando-os em embaixadores de boas práticas. Estes que são grupos populacionais de alto risco devido à elevada exposição à radiação ultravioleta e baixa adesão à proteção solar. Com uma abordagem participativa, o projeto pretende capacitar os jovens para adotarem comportamentos seguros e liderarem ações de sensibilização na comunidade, criando um efeito multiplicador de literacia em saúde e prevenção do cancro de pele.
Bolsa de 10 mil euros
Associação Novamente com projeto Novamente em Ação
Este projeto tem como ideia central promover a reabilitação e reintegração social de 75 pessoas com Dano Cerebral Adquirido (DCA) e a 225 familiares e cuidadores. Integra três iniciativas da Associação Novamente, oferecendo apoio continuado e especializado a pessoas com Dano Cerebral Adquirido (DCA) e seus cuidadores. Com sessões presenciais e online, vai promover a reabilitação cognitiva, emocional e social, atuando em Lisboa, Cascais, Porto e plataformas digitais. Respondendo à escassez de respostas pós-alta hospitalar, o projeto promete combater o isolamento, a invisibilidade e a sobrecarga dos cuidadores, oferecendo suporte técnico e emocional que contribui para melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos doentes e das suas famílias.
Bolsa de 5 mil euros
Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas, com projeto Inspirar, Ativar, Rastrear!
O projeto quer promover a atividade física como intervenção essencial e acessível na gestão da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), capacitando cidadãos, doentes e cuidadores para a auto-gestão ativa da doença. Através de iniciativas nas regiões de Leiria, Almada-Seixal, Litoral Alentejano e Alto Alentejo, sensibiliza para os fatores de risco, oferece rastreios e avaliações de aptidão física, e incentiva a adoção de estilos de vida saudáveis. Num contexto de elevado subdiagnóstico da DPOC em Portugal, o projeto pretende envolver entre 400 a 800 participantes, contribuindo para a literacia em saúde respiratória, reduzindo barreiras à atividade física e fomentando o papel ativo da comunidade na prevenção e gestão de doenças respiratórias crónicas.
Nesta edição das Bolsas de Cidadania estiverem em análise 65 candidaturas, que foram avaliadas por um júri independente, composto por:
- Graça de Freitas – Médica e antiga Diretora-Geral da Saúde
- Isabel Aldir – Médica
- José Pereira de Almeida – Médico, Teólogo e Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa
- Luís Simões – Presidente do Sindicato dos Jornalistas
- Maria de Belém Roseira – Jurista e antiga Ministra da Saúde
- Maria do Céu Machado – Médica e Professora Catedrática jubilada
Bolsas de Cidadania
As Bolsas procuram fomentar a participação dos cidadãos nos processos de decisão em saúde, a informação dos doentes sobre os seus direitos, assim como a sua participação nas decisões individuais de tratamento.
Desde 2015, as Bolsas de Cidadania já financiaram mais de 60 iniciativas, num valor total de 675 mil euros.
Uma iniciativa que se enquadra na Política de Responsabilidade Social da Roche e que resulta do compromisso em assumir um papel ativo na sociedade, apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.
