Tecnologia pode minimizar risco pela distração de motoristas na condução

Tecnologia pode ser usada como solução para minimizar perigos com distração na condução, que atualmente é causada, entre outros fatores, por dispositivos digitais. Sistemas de auxílio à comunicação e melhores interfaces interativas podem beneficiar os motoristas.

Tecnologia pode minimizar risco pela distração de motoristas na condução
Tecnologia pode minimizar risco pela distração de motoristas na condução. Foto: Rosa Pinto

Em longas distâncias a condução coloca crescentes perigos ao motorista ligados ao cansaço e à distração motivada por equipamentos da era digital, como comer, alcançar objetos e interagir com um sistema de infoentretenimento, entre outros, como a necessidade de conexão online. Mas o investigador do Virginia Tech Transportation Institute (VTTI), Charlie Klauer, considera que a tecnologia também pode ser parte da solução de minimizar os riscos para motorista.

De acordo com o VTTI, as principais distrações são a falta de atenção devido ao cansaço e mensagens de texto, principalmente por motoristas inexperientes. Charlie Klauer, investigador da Divisão de Segurança de Veículos, Motoristas e Sistemas, indica que o surgimento da nova tecnologia teve um impacto na experiência e segurança do motorista, e acrescenta que, embora a tecnologia seja uma distração, ela também pode ser parte da solução por meio de ferramentas como o car play, que permite que os motoristas possam atender uma chamada sem usar as mãos.

“Como investigadores de fatores humanos, é imperativo que melhoremos o design das interfaces veiculares para permitir que os motoristas interajam com as tecnologias celulares da maneira mais segura possível”, refere Charlie Klauer. “Qualquer interação que retire os olhos da estrada e melhor a manipulação física do telefone aumentará a segurança.”

Embora enviar mensagens de texto ao dirigir seja ilegal as diversas pressões que sofrem os motoristas, sobretudo em longas viagens, continua a ser um desafio fundamental para a segurança na condução, independentemente da obrigação do cumprimento das leis.

“Os grupos etários mais jovens são muito mais afetados pelo engajamento em tarefas secundárias. Essas faixas etárias mais jovens certamente incluem motoristas adolescentes (de 16 a 20 anos), mas também jovens adultos”, refere o investigador e acrescenta: “Estudos recentes mostraram que motoristas entre 21 e 29 anos também têm taxas de acidentes muito altas associadas a muitas tarefas secundárias, especialmente ao usar dispositivos online.”