Trombose afeta um quinto dos doentes com cancro

Especialistas do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) alertam que a trombose afeta 1 em cada 5 doentes com cancro. Para chamar a atenção para a situação o GESCAT lança campanha de sensibilização junto da população.

Trombose afeta um quinto dos doentes com cancro
Trombose afeta um quinto dos doentes com cancro

Para assinalar o Dia Mundial da Trombose, 13 de outubro, o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose lança uma campanha de sensibilização para “alertar e consciencializar a população para uma associação frequente e potencialmente fatal entre o cancro e a trombose, mais concretamente o tromboembolismo venoso (TEV)”, indicou Ana Pais, presidente do GESCAT.

A campanha tem o “foco no doente oncológico, familiares, cuidadores e comunidade em geral, e em simultâneo, pretende também envolver os profissionais de saúde”, refere a médica oncologista Ana Pais.

A doença oncológica provoca alterações no sistema de coagulação sanguínea que favorecem a ocorrência de um TEV, para além de estar associado a um aumento do risco de mortalidade. De referir que, como indica o GESCAT, o TEV reduz significativamente o tempo e a qualidade de vida dos doentes, sendo a segunda causa de morte nos doentes com cancro.

A campanha assume duas ações:

A primeira, através de uma página de Facebook criada para o efeito e onde diariamente são partilhadas informações sobre o cancro e o TEV.

Nesta página o público é desafiado a ‘Vestir Vermelho Contra o TEV’ no dia 13 de outubro, quinta-feira, Dia Mundial da Trombose, e a partilhar a sua fotografia nas redes sociais. Na página pode aceder a um vídeo de sensibilização e de apelo à ação com a mensagem: ‘Conhecer é a melhor maneira de prevenir’.

Outra das ações é a distribuição de folhetos informativos em Centros Comerciais espalhados por todo o país.

A GESCAT espera, refere Ana Pais, que “o eco mediático desta Campanha possa alcançar os decisores políticos fundamentais para que o TEV possa ser encarado como um problema de saúde pública crescente”.

Ana Pais lembra ainda que “é crucial garantir que cada doente recebe o tratamento mais eficaz e adequado à sua situação clínica, recorrendo à tromboprofilaxia para promover a segurança e a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde do doente com cancro”.