O Plano de Paz para a Ucrânia que terá sido apresentado pelos EUA, e conhecido por Plano Trump, tem vindo a suscitar tomadas de posição, sobretudo de líderes de país que se têm empenhado no apoio à Ucrânia na guerra travada com a Rússia.
“Qualquer plano de paz credível e sustentável deve, antes de mais, pôr fim às mortes e à guerra, sem lançar as sementes para um futuro conflito. Concordámos com os principais elementos necessários para uma paz justa e duradoura e para a soberania da Ucrânia”, declarou Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia.
No entanto, refletindo algum do texto que vem sendo divulgado do Plano de Paz para a Ucrânia assumiu a posição de que “as fronteiras não podem ser alteradas pela força”, e que à Ucrânia “enquanto nação soberana, não podem existir limitações às forças armadas da Ucrânia que tornem o país vulnerável a futuros ataques e, consequentemente, prejudiquem a segurança europeia”, bem como “a centralidade da União Europeia na garantia da paz para a Ucrânia deve ser plenamente considerada.”
A Presidente da Comissão Europeia relevou que “a Ucrânia deve ter a liberdade e o direito soberano de escolher o seu próprio destino. Escolheu um destino europeu. Este começa pela reconstrução do país, a sua integração no nosso Mercado Único e na nossa base industrial de defesa e, em última instância, a adesão à nossa União.”
Assumindo a discordância com o designado Plano de Trump, Ursula von der Leyen afirmou: “Continuaremos o nosso trabalho em conjunto com a Ucrânia, os nossos Estados-Membros, a Coligação dos Dispostos e os EUA para alcançarmos progressos reais rumo à paz.”
Para a Presidente da Comissão Europeia há um elemento crucial que deve fazer parte de qualquer acordo, afirmou: “O regresso de todas as crianças ucranianas raptadas pela Rússia. De todos os horrores desencadeados pela guerra da Rússia, nenhum fere mais profundamente do que este. Dezenas de milhares de rapazes e raparigas continuam presos na Rússia. Assustados e ansiando pelos seus entes queridos. Devemos colocar estas crianças no topo da agenda global.”
Ursula von der Leyen concluiu anunciando que, juntamente com a Ucrânia e o Canadá, irá ser coorganizada “uma Cimeira da Coligação Internacional para o Regresso das Crianças Ucranianas. Não descansaremos enquanto cada uma delas não estiver reunida com as suas famílias, nos seus lares, onde pertencem.”














