As eleições presidenciais na Tanzânia, que ocorreram em 29 de outubro, foram reconhecidas pela Comissão Eleitoral Nacional Independente da Tanzânia e pela Comissão Eleitoral de Zanzibar, que proclamaram a candidata e Presidente cessante, Samia Suluhu Hassan, reeleita como Presidente da Tanzânia.
O período eleitoral foi conturbado, com os dois principais candidatos adversários da chefe de Estado a serem presos ou desqualificados. Os protestos durante e após o ato eleitoral terão levado à morte, de acordo com números indicados pela oposição, 700 pessoas.
Em face da situação a Alta Representante da União Europeia (UE), Kaja Kallas, declarou que “a UE está muito preocupada com os acontecimentos ocorridos durante o dia das eleições e que ainda estão em curso, incluindo a violência, o bloqueio da internet, bem como relatos de irregularidades no processo eleitoral em alguns locais.”
Também, refere Kaja Kallas, “os relatos fidedignos de um grande número de mortes e feridos graves são extremamente preocupantes. A UE insta as autoridades a exercerem a máxima contenção para preservar vidas humanas.”
Na declaração Kaja Kallas refere que “a falta de igualdade de condições no período que antecedeu as eleições foi marcada por relatos de raptos, desaparecimentos e violência, limitando o espaço cívico e democrático.”
“A UE apela à libertação de todos os políticos detidos e a um julgamento transparente e justo dos detidos, com base em fundamentos jurídicos sólidos, bem como a investigações rápidas e completas de todos os incidentes relatados de raptos, desaparecimentos e violência”, sublinha a Alta Representante da UE.
Kaja Kallas lembra, também, que a UE valoriza a parceria que mantém com a Tanzânia, e “encoraja o Governo da Tanzânia a prosseguir os seus esforços para a implementação de um sistema multipartidário pleno e a manter um diálogo aberto e inclusivo com todas as partes interessadas, em particular os partidos da oposição e a sociedade civil, com vista à reconciliação.”














