União Europeia condena e não reconhece as “eleições” pela Rússia na Ucrânia

União Europeia declarou que não reconhece nem reconhecerá a realização das “eleições” nem os seus resultados, organizadas pela Rússia na Crimeia, Sebastopol e em territórios do Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, na Ucrânia.

União Europeia condena e não reconhece as “eleições” pela Rússia na Ucrânia
União Europeia condena e não reconhece as “eleições” pela Rússia na Ucrânia. Foto: © UE

“De 8 a 10 de Setembro, foram organizadas eleições regionais e locais na Rússia e também ilegalmente nos territórios da Ucrânia que a Rússia ocupou temporariamente”, declarou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, da União Europeia, Josep Borrell.

“A União Europeia condena veementemente a realização destas chamadas “eleições” ilegítimas na República Autónoma da Crimeia e na cidade de Sebastopol e em partes das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, na Ucrânia”, declarou Josep Borrell.

O Alto Representante da União Europeia declarou: “Rejeitamos veementemente esta nova tentativa fútil da Rússia de legitimar ou normalizar o seu controlo militar ilegal e a tentativa de anexação de partes dos territórios ucranianos, conforme condenado na Resolução da AGNU adotada em 12 de Outubro de 2022”.

Uma ação que “representa mais uma violação manifesta do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas e a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia. A União Europeia não reconhece nem reconhecerá nem a realização destas chamadas “eleições” nem os seus resultados. A liderança política da Rússia e os envolvidos na sua organização enfrentarão as consequências destas ações ilegais.”

Josep Borrell reforçou que “estas chamadas “eleições” ilegais na Ucrânia tiveram lugar no meio da concessão forçada e ilegal de passaportes por parte da Rússia, incluindo a crianças, de transferências e deportações forçadas, de violações e abusos generalizados e sistemáticos dos direitos humanos, bem como de intimidação e crescente repressão de cidadãos ucranianos por parte de cidadãos ucranianos. A Rússia e as suas autoridades nomeadas ilegitimamente nos territórios ocupados temporariamente da Ucrânia”.

O Alto Representante da União Europeia declarou ainda que “a União Europeia continua firmemente empenhada em apoiar a Ucrânia e a sua independência, soberania e integridade territorial”, e que “a Rússia deve retirar imediata, completa e incondicionalmente todas as suas tropas e equipamento militar de todo o território da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.