Em Kuala Lumpur, na 47ª Cimeira da ASEAN, António Costa, Presidente do Conselho Europeu, fez um balanço da cooperação entre a União Europeia e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e felicitou a inclusão de Timor-Leste como 11º Estado-Membro da Organização.
A adesão de Timor-Leste “é um marco importante na promoção da interdependência económica e política de Timor-Leste e no reforço da integração regional da ASEAN”, afirmou António Costa.
“A União Europeia orgulha-se de se relacionar com a ASEAN como um parceiro de confiança no atual ambiente geopolítico em constante mudança”, afirmou o Presidente do Conselho Europeu.
Na perspetiva do líder europeu atualmente o mundo é multipolar a “uma crescente fragmentação e incerteza. Por este motivo, é crucial que construamos uma rede global de cooperação entre regiões. Que fortaleçamos a nossa parceria”, e lembrou que “a União Europeia é o terceiro maior parceiro comercial da ASEAN e o seu terceiro maior investidor.”
Com as economias profundamente interligadas e que impulsiona oportunidades, crescimento e estabilidade, António Costa, lembrou: “Devemos proteger as nossas cadeias de abastecimento, diversificar as parcerias, promover o comércio sustentável e construir resiliência em setores críticos.”
O líder europeu referiu que há uma ambição coletiva em manter o espaço da União Europeia e o espaço da ASEAN “ainda mais ligadas entre si e com o mundo”. Um exemplo é o Acordo de Comércio Livre com a Indonésia, depois dos já assinados com Singapura e o Vietname. “As negociações com a Tailândia, as Filipinas e a Malásia estão a progredir bem e, passo a passo, estes acordos estão a aproximar cada vez mais as nossas duas regiões” relevou.
Para além do Comércio as duas regiões devem manter-se ligadas “através de laços mais profundos em áreas como as infraestruturas digitais, a energia e as transições verdes”, tal como foi reafirmado o apoio da União Europeia “a projetos-chave de conectividade regional, como a Rede Elétrica da ASEAN.”
António Costa deferiu ainda que “a segurança marítima é uma área fundamental de cooperação”, e que “a União Europeia como a ASEAN defendem um Indo-Pacífico livre e aberto, baseado no respeito pelo direito internacional.” Um direito internacional que “deve prevalecer em todo o lado, com base na Carta das Nações Unidas. No Mar do Sul da China, em Gaza e na Ucrânia.”














