Universidades lançam plataforma web e ações de promoção internacional

Plataforma web e ações de divulgação no estrageiro são as estratégias das universidades públicas e da Universidade Católica, em conjunto no projeto ‘UniversitiesPortugal.com’, para atrair mais estudantes estrangeiros.

Estudantes, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Estudantes, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foto: Rosa Pinto

As universidades públicas e a Universidade Católica reforçam ações para atrair estudantes internacionais. Uma das ações consiste no lançamento do website www.universitiesportugal.com, desenvolvido no âmbito do projeto ‘UniversitiesPortugal.com’, financiado pelo programa COMPETE 2020.

As universidades pretendem que o website se torne “a porta de entrada para todos os que considerem Portugal uma opção para o seu destino de estudos universitários”, dando aos estudantes estrangeiros “um conjunto de informações sobre as universidades e os seus cursos, e sobre a vida em Portugal.”

As universidades vão participar, durante o primeiro semestre de 2017, em ações de divulgação no estrangeiro para dar a conhecer a sua oferta formativa junto de estudantes. Entre as ações previstas no estrangeiro está a presença no ‘Salão do Estudante’ no Brasil, no ‘China International Education Exhibition Tour’ na China e na ‘Feira Internacional de Educação de Maputo’ em Moçambique.

As ações, em curso, de atração de estudantes estrangeiros para as universidades portuguesas estão “articuladas com o projeto do Governo ‘Study & Research in Portugal’, para aumentar o número de estudantes internacionais no ensino superior português”.

De acordo com as universidades, através do coordenador do projeto ‘UniversitiesPortugal.com’, no letivo de 2015/2016, frequentaram o sistema de ensino superior em Portugal cerca de 38 mil estudantes de nacionalidade estrangeira. Um número que é já o dobro do que se verificava no início da década.

O aumento dos estudantes estrangeiros “é o resultado do esforço, nas várias dimensões da internacionalização, como o Erasmus, o Erasmus fora do espaço de Bolonha, a CPLP em diversos regimes, estudantes de mobilidade de todos os continentes para apreender português ou outras matérias e o concurso especial para estudantes internacionais.”

A mobilidade de estudantes de ensino superior é uma tendência global, estimando a OCDE que o número de estudantes internacionais irá crescer de 4,5 milhões, em 2012, para cerca de 8 milhões, em 2025.

“Portugal e as suas universidades têm todas as condições para se afirmarem a nível global” consideram os promotores do projeto ‘UniversitiesPortugal.com’. O projeto “permitirá às universidades portuguesas aumentar a sua influência, afirmar a sua qualidade, ganhar experiência e importar as melhores práticas para a estratégia de promoção internacional do ensino superior português.”

Para Manuel António Assunção, Reitor da Universidade de Aveiro e Coordenador da Comissão Especializada de Internacionalização do CRUP, “Portugal e as suas universidades têm argumentos fortes para atrair os estudantes internacionais” entre os quais destaca:

Ser um país seguro, tolerante às diferenças, com um clima agradável, património invejável e gente simpática.

As universidades ocuparem regularmente lugar nos rankings internacionais de referência, o que certifica a sua qualidade global.

Entre as vantagens da internacionalização, Manuel António Assunção destaca ainda que “os estudantes internacionais que passam pelas universidades portuguesas, e que geralmente têm uma ótima experiência, criam um vínculo inquebrável com Portugal”, e a partir daí, irão tornar-se “embaixadores” do país, “pelo mundo”, beneficiando “não apenas as universidades, mas toda a economia portuguesa, e a que se somam impactos culturais e sociais”.

Manuel António Assunção considera que “os estudantes internacionais induzem um ecossistema multicultural na universidade” que leva a que todos os estudantes tenham “oportunidades para aperfeiçoar o seu conhecimento linguístico” e a criarem melhor adaptação “ao mundo globalizado em que vivemos”.