Ursula von der Leyen recebe Prémio Internacional Carlos Magno

Ursula von der Leyen recebe Prémio Internacional Carlos Magno e traça prioridades como líder da União Europeia
Ursula von der Leyen recebe Prémio Internacional Carlos Magno e traça prioridades como líder da União Europeia. Foto: © UE

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi, a 29 de maio, homenageada com o Prémio Internacional Carlos Magno de Aachen. Uma distinção que reconhece contributos notáveis para a unidade e a integração europeias.

A cerimónia teve lugar em Aachen, Alemanha, e contou com discursos de Friedrich Merz, Chanceler Federal da Alemanha, Rei Felipe VI de Espanha e Sibylle Keupen, Presidente do Município de Aachen.

No discurso que proferiu na cerimónia em que lhe foi entregue a homenageada, Ursula von der Leyen definiu como primeira prioridade desenvolver uma nova forma de Pax Europaea para o século XXI, moldada e gerida pela própria Europa.

Destacou o papel vital da NATO e dos parceiros transatlânticos na proteção da segurança europeia, e dado que “os adversários das nossas sociedades democráticas abertas rearmaram-se e remobilizaram-se” então “investir na nossa segurança está a tornar-se cada vez mais urgente. E é claro que estes investimentos não virão de fora. Os tempos estão a mudar e a Europa também. O facto de estarmos hoje a libertar 800 mil milhões de euros para defesa teria sido impossível há apenas alguns anos.”

A segunda prioridade defendida por Ursula von der Leyen “é colocar a inovação e a competitividade no centro da renovação da Europa”, e dado que “a Europa tem todos os recursos necessários para estar entre os líderes da economia global do futuro.

A terceira prioridade para uma Europa independente é “a próxima reunificação histórica do nosso continente. Dando as boas-vindas aos países da Europa que escolheram livremente aderir à nossa União”. O alargamento da União Europeia “é uma condição prévia para uma Europa mais forte, tanto a nível interno como no panorama geopolítico internacional.

Ursula von der Leyen afirmou: “Temos de estar à altura da ocasião. Para a Ucrânia. Para os Balcãs Ocidentais. Para a Moldávia. Espero que também para a Geórgia. Para todos aqueles que fizeram a sua escolha. Por um futuro livre e pacífico no seio da nossa União. Por uma Europa mais forte e independente.”

A quarta prioridade é para Ursula von der Leyen é renovar e reforçar a democracia, pois referiu: “As nossas democracias estão agora sob ataque, tanto pelos esforços coordenados dos nossos adversários como pelas tentativas de os enfraquecer internamente. Precisamos de combater estas ameaças e inverter estas tendências.

Fico preocupada quando vejo o ressurgimento de partidos extremistas e de tendências antiliberais por toda a Europa. Esta é uma tendência que não vai passar. No entanto, mais importante do que a preocupação é a obrigação de proteger, nutrir e defender as nossas democracias contra ataques. É para isso que estamos a trabalhar. Não adianta queixarmo-nos dos eleitores dos partidos extremistas. Não, cabe-nos a nós apresentar melhores argumentos. Cabe-nos a nós compreender as razões desse descontentamento”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia.

Muitas pessoas estão preocupadas com a gestão da migração ilegal. Que estão preocupados com o elevado custo de vida ou de habitação. Ou a burocracia invasiva no dia-a-dia. Não é preservando o status quo que defenderemos a democracia. Devemos ser os motores da mudança. Porque é demonstrando que a democracia funciona e que realmente serve os cidadãos que podemos construir uma União mais forte. A Europa só pode ser saudável se a democracia também for saudável. Para mim, esta ideia é tanto uma motivação como uma obrigação”, conclui a responsável da UE.