Utentes dos serviços públicos do Litoral Alentejano manifestam solidariedade com os trabalhadores em Greve Geral

Utentes dos serviços públicos do Litoral Alentejano manifestam solidariedade com os trabalhadores em Greve Geral
Utentes dos serviços públicos do Litoral Alentejano manifestam solidariedade com os trabalhadores em Greve Geral. Foto: TV Europa

As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano e a respetiva Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano indicam, em comunicado, que “estão totalmente solidárias com a Greve Geral e os Trabalhadores aderentes, porque os Serviços Públicos precisam de ser defendidos e melhorados”.

Dado que na região do Litoral Alentejano estão cerca de 25.000 utentes sem Médico de Família e faltam cerca de 100 Enfermeiros na Unidade Local de Saúde, além disso mais de 20% das Consultas e Cirurgias no Hospital do Litoral Alentejano, ultrapassa em muito os Tempos Máximos de Resposta Garantidos.

Como grande parte dos Bebés a nascer nas Ambulâncias, o país faz lembrar um do Terceiro Mundo. Outra das realidades é na região haver Extensões de Saúde que só funcionam 1 vez por mês.

Nos serviços públicos a falta de trabalhadores é notória, como é o caso dos Serviços de Finanças, Registo Civil e do Registo Predial. Há casos em que a Tesouraria dos Serviços de Finanças só funciona 1 vez por semana, indicam as Comissões de Utentes.

Em face da situação, os Utentes do Litoral Alentejano, fazem um apelo ao Governo e principalmente ao Primeiro-ministro, para a resolução dos problemas que vêm afetando os utentes dos serviços.

Entre as medidas reivindicadas pelos utentes estão a contratação de Médicos, Enfermeiros, Auxiliares de Ação Médica, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, entre outros, e atribuição de Salários justos e Carreiras dignas. A aplicação da medida de dedicação exclusiva, com a devida remuneração, também deverá ser considerada.

A necessidade de infraestruturas de saúde é visível e por isso reivindicam a construção da Maternidade no Hospital do Litoral Alentejano, e serem mantidas as Maternidades no Hospital São Bernardo em Setúbal e no Hospital da Nossa Senhora do Rosário no Barreiro.

A falta de trabalhadores nos serviços públicos é notória e por isso os utentes exigem a contratação de trabalhadores em número suficiente, para os Serviços de Finanças, Registo Civil, Registo Predial, entre outros serviços.

Para além dos aumentos de mercado de vários produtos é conhecido o impacto dos impostos nesse aumento e por isso reforçam para a necessidade do Governo proceder à diminuição do IVA para 6% na Eletricidade e no Gás de Botija. Mas também para adotar medidas de regulação do Preço dos Combustíveis.

Para um esperado melhor controlo dos preços, entre outras justificações, os utentes do Litoral Alentejano revindicam a passagem ao Sector Empresarial do Estado, das empresas EDP, Galp Energia, CTT, Brisa, entre outras. Além disso consideram que o Governo deve por fim ao designado Pacote Laboral.

Sendo a luta dos trabalhadores dos serviços públicos reconhecida como meio para uma melhoria dos serviços as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano apelam a que todos os trabalhadores para uma adesão à Greve Geral, e aos Utentes dos diversos Serviços Públicos a compreensão pela indisponibilidade dos Serviços Públicos durante o período de greve, que é justificada pela reivindicação de uma melhoria no funcionamento dos serviços.