O Partido Verde Europeu lembrou, em comunicado, que está em curso mais uma escalada na guerra contra os palestinianos, com o governo israelita a iniciar uma invasão terrestre à Cidade de Gaza e a anunciar um novo colonato na Cisjordânia. Ações que irão deslocar milhares de palestinianos, e que pelas palavras de Bezalel Smotrich, ministro das Finanças israelita de extrema-direita, “enterraria” a possibilidade de uma solução de dois Estados.
“A invasão terrestre da Cidade de Gaza pelo governo israelita, que alberga mais de 1 milhão de palestinianos, faz parte do genocídio em curso cometido pelo governo israelita contra os palestinianos. A atual escalada está a afastar-nos ainda mais de uma solução pacífica, em vez de a aproximar”, afirmou Vula Tsetsi, copresidente do Partido Verde Europeu.
A geografia parece ser determinante para definir as preocupações humanitárias e de direitos humanos por parte da líderes da União Europeia. Isto leva Vula Tsetsi referir:
“Os líderes europeus tomaram, com razão, medidas firmes e decisivas a favor da Ucrânia. Mas o seu silêncio sobre o genocídio de Israel contra os palestinianos tem sido ensurdecedor. Isto é totalmente inaceitável. Reiteramos as nossas exigências de um embargo total às exportações de armas e equipamento para Israel e instamos a Comissão Europeia e os Estados-Membros a suspenderem imediatamente o Acordo de Associação UE-Israel e a agirem no sentido de reconhecer o Estado da Palestina”.
Também o copresidente do Partido Verde Europeu, Ciarán Cuffe, concluiu:
“O governo do primeiro-ministro Netanyahu e os militares israelitas são responsáveis por algumas das mais graves violações do direito internacional e dos direitos humanos da história recente, incluindo deslocações em massa, destruição de hospitais e bloqueios de ajuda humanitária, levando a alertas urgentes da ONU sobre a fome. O governo de Netanyahu deve ser responsabilizado perante o Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra. Precisamos urgentemente de um cessar-fogo imediato e duradouro, de plena responsabilização legal e de acesso humanitário irrestrito, e que o Hamas liberte todos os reféns. A UE não pode continuar a ser cúmplice através da inação.”
