Imunodeficiência: Testar, Diagnosticar, Tratar

Investigar, proceder à identificação da doença e melhorar os cuidados de saúde em Imunodeficiência Primária. Objetivos para os quais a Sociedade Portuguesa de Imunologia (SPI) quer aumentar a sensibilidade da população.

Imunodeficiência Primária
Semana da Imunodeficiência Primária

No Dia Internacional da Imunologia (29 de abril), a Sociedade Portuguesa de Imunologia (SPI) preparou um conjunto de atividades para “dar a conhecer à população a investigação feita em Portugal nesta área científica através de palestras com cientistas, atividades práticas e visitas a laboratórios”.

A nível mundial realiza-se uma semana de sensibilização sobre a doença. Em Portugal vai realizar-se no dia 1 de maio a III Caminhada pela Saúde, promovida pela Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP). A caminhada terá a distância de 5 km com início às 10 horas na Torre de Belém. Todos podem participar, basta fazer a inscrição em http://www.apdip.pt/caminhada, sem custos associados.

A SPI indica que se “estima existirem mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo com uma Imunodeficiência Primária (IDPs)”, mas até agora apenas foram identificadas “cerca de 60 mil”. Assim, considera ser “fundamental a realização de um diagnóstico como forma de prevenção”.

De acordo com a APDIP, existem, em Portugal, “mais de 250 investigadores, em todos os níveis de carreira, que se dedicam à investigação da Imunologia”, um estudo que se justifica cada vez mais, dado que, como referiu Susana Lopes da Silva, Imunoalergologista, e responsável pela consulta de IDP no Centro de IDP de Lisboa, “a disciplina da Imunologia tem tido um crescimento muito acentuado nos últimos anos, que se traduz num aumento de aplicações práticas, quer no domínio do diagnóstico, quer no tratamento de múltiplas doenças”.

“As IDPs são exemplos muito óbvios desta realidade, mas, para além destas, muitas outras áreas têm crescido com o progresso no conhecimento da Imunologia (desde a Imunoalergologia e Reumatologia, à Cardiologia, Gastrenterologia ou mesmo Dermatologia)”, referiu a especialista citada em comunicado.

O diagnóstico é fundamental para que se possa aumentar a esperança de vida e reduzir impactos negativos no quotidiano de um doente com IDPs, sendo que taxa de sobrevivência dos casos com Imunodeficiência Combinada Grave é de 40%, mas seria maior caso houvesse um diagnóstico aos 3 meses de idade.